Moradores denunciam descaso com iluminação pública na Vila dos Papeleiros

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Moradores denunciam descaso com iluminação pública na Vila dos Papeleiros

Postes estão com lâmpadas queimadas desde o temporal de janeiro e aumenta sensação de insegurança às famílias que residem há pouco mais de cinco anos no local

Moradores denunciam descaso com iluminação pública na Vila dos Papeleiros
Um dos postes com lâmpada queimada está em frente a casa de Voigt. (Foto: Mateus Souza)
Lajeado

Escuridão. Insegurança. Medo. Há pelo menos três meses, a comunidade da Vila dos Papeleiros, localizada na divisa dos bairros Jardim do Cedro e Santo Antônio, convivem com uma iluminação pública precária. Pelo menos três postes de concreto estão com as lâmpadas queimadas desde o temporal de janeiro, que castigou a cidade.

Diferente de outros pontos da cidade, onde a substituição das lâmpadas ocorreu de forma ágil após o vendaval, neste local os moradores se queixam do abandono. São 12 famílias que residem às margens da rua Roque Biasu dos Santos e esperam por uma resposta do governo municipal.

Um dos moradores mais antigos da Vila dos Papeleiros, Pedro Voigt chegou a procurar o Executivo em busca de uma solução. No entanto, lamenta a demora para a resolução do problema. “É uma situação muito complicada para nós. Pagamos impostos e não temos o mínimo. Espero que o prefeito olhe para nós”, afirma.

Conforme Voigt, boa parte das famílias frequentam uma igreja nas proximidades. Os cultos são à noite e a falta de iluminação prejudica o deslocamento. “Se precisamos ir no mercado, também é um problema”. Frisa também que há postes danificados e que também não foram arrumados. “Tem um que está até balançando”.

“Estamos desesperados”

Sobrinha de Voigt, Angélica Maria lembra que a circulação de pessoas no local é grande, inclusive de crianças, prejudicadas com a iluminação precária. “Elas gostam de brincar até de tardezinha e nos feriados, mas com essa escuridão não dá. Se acontece algo à noite na rua, só no outro dia para saber, quando clarear”, comenta.

A precariedade no serviço se soma a outros problemas conhecidos da Vila dos Papeleiros, como as deficiências em infraestrutura. A via de chão batido gera poeira em dias secos e muito barro nos períodos chuvosos. “Estamos desesperados. Ninguém mais está aguentando essa situação”.

Problema repetido

O secretário municipal de Obras e Serviços Urbanos, Günther Meyer, relata ter conhecimento da situação na Vila dos Papeleiros.

Cita que foi feita uma troca de lâmpadas queimadas há menos de três meses e pretende mandar novamente uma equipe ao local.

“A Agiluz recebe as solicitações dos moradores sobre postes com lâmpadas queimadas e envia para o nosso pessoal ou para a terceirizada”, frisa Meyer.

Cinco anos de mudança

A Vila dos Papeleiros tem origem no fim da década de 1990, às margens da ERS-130, próximo à Docile. Ali, a comunidade passou a crescer com a coleta e reciclagem de lixo. Algumas moradias irregulares foram montadas no local. Em janeiro de 2019, as famílias foram removidas para uma área na divisa dos bairros Jardim do Cedro e Santo Antônio, após um trabalho conjunto do Ministério Público e do governo de Lajeado.

 

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