Reunião com a CCR ViaSul e ANTT pode não sair

Opinião

Filipe Faleiro

Filipe Faleiro

Jornalista

Reunião com a CCR ViaSul e ANTT pode não sair

Agendada para o dia 8 de maio, em Estrela, uma reunião exclusiva para debater o trecho da BR-386 no Vale do Taquari, pode não acontecer. Tudo por conta do agendamento das audiências públicas para análise quinquenal dos contratos de concessão assinados em 2018.

Serão dois encontros. Um presencial, em 14 de maio, das 14h às 17h em Porto Alegre. O outro híbrido em Brasília, dia 16 de maio, no auditório da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

As audiências oficializam as 18 sugestões oficializadas, tanto do Vale como de outras regiões gaúchas onde a concessionária atua. Da região, há pedidos de Marques de Souza, Estrela e Lajeado.

Desde a proposta de uma reunião descentralizada, feita pelo prefeito Elmar Schneider, na sede da CCR ViaSul, em Porto Alegre, em 13 de março, houve resistência por parte da equipe da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Pela insistência dos integrantes da comissão tripartite da região, pelos argumentos de que o encontro na capital gaúcha diluiu demais as demandas frente a presença dos integrantes de todos os municípios lindeiros da área de concessão da rodovia federal, a agenda foi aceita.

Agora, com a proximidade das audiências, a tendência é de suspensão desse encontro em Estrela.

Uma derrota próxima

Nos bastidores da Assembleia Legislativa, aliados do governo Leite contam nos dedos o número de votos para aprovação do projeto que aumenta o modal do ICMS para 19%. São 55 deputados. Precisa da metade mais um para passar.

Em uma contagem paralela pela Federasul, 28 parlamentares votaram contra. Confirmando esse indicativo, derrota dos governistas.

Ontem, o vice-governador, Gabriel Souza, antecipou: só é possível saber o resultado dias antes da votação, prevista para metade de maio. Neste tempo, entra em campo o “toma lá, dá cá”.

Na queda de braço com o parlamento, o Executivo tenta medir o quanto de apoio ele terá. Neste contexto, duas perguntas se tornam fundamentais à sociedade gaúcha: 1) Com uma derrota iminente, o projeto vai à votação? Outra, seja na derrota ou retirada do projeto, o governador Eduardo Leite vai sustentar os decretos que tiram isenções da cesta básica?

Preço dos pedágios nas ERSs

Nas rodovias do Estado, o modelo de concessão das rodovias da Serra causa reação de outras localidades gaúchas. Tanto que nesta semana, o setor produtivo de São Sebastião do Caí chamou uma audiência pública para debater os impactos do pedágio na economia, mobilidade e logística.

A tarifa está em R$ 12,30, uma das mais caras do país. A praça fica nas comunidades de Vila São Martim, Areião e Conceição. Moradores relatam impossibilidade de manter o pagamento, inclusive pelo fato do pedágio estar entre casas e empresas, há quem afirma que terá de abandonar o trabalho.

Desde fevereiro de 2023, a rodovia está com a concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG). A empresa foi a vencedora do leilão de licitação, no programa de concessões do Governo do Estado, assumindo a manutenção de 271 quilômetros do lote 3.

A audiência foi acompanhada pelo presidente da Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT), Ângelo Fontana, e pelo diretor de Infraestrutura da Associação Comercial e Industrial de Lajeado, Leandro Eckert.
Foi contra esse modelo que a região se manifestou e evitou o leilão entre 2022 e 2023.

Brasil, um país dantesco

O vídeo da mulher que levou um idoso morto para assinar a retirada de R$ 17 mil de um banco está entre os episódios mais mórbidos já vistos no país. A cena é terrível. Mesmo assim, internautas tornaram a cena em uma peça que mistura humor e tragédia humana. Não julgo, talvez seja uma forma de suportar um trauma deste tamanho.

A moradora de Bangu, no Rio de Janeiro, se disse sobrinha e cuidadora. A defesa alega que o senhor morreu no banco. Pela investigação prévia, o óbito teria ocorrido duas horas antes da ocorrência na agência bancária.

Inclusive marcas de sangue coagulado na nuca do senhor indicam que ele estava deitado quando morreu. Se estivesse sentado, as marcas estariam em outras partes do corpo, em especial nas pernas.

A mulher responderá por vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude. Inclusive existe a suspeita da participação de mais familiares no crime.

 

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