A preparação do terreno para a nova fábrica da Lajeadense Vidros começou na semana passada. Na primeira fase, serão mais de 11 mil metros quadrados de área. Representa mais do que o dobro da unidade atual, na rua Bento Rosa.
A área fica no bairro Imigrante, próximo a BR-386, nas imediações do atual posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A empresa calcula mais de R$ 20 milhões em perdas após as catástrofes.Equipamentos, estoques, máquinas e matéria-prima ficaram inutilizáveis.
Uma parceria com o governo municipal garantiu a continuidade da indústria em Lajeado. A nova sede ocupará uma área com mais de 30 mil metros quadrados, com um custo avaliado em mais de R$ 5,56 milhões. O acordo prevê que a empresa pague à vista um terço do valor.
Por parte do município, foi feita uma permuta com o proprietário do terreno. A contrapartida envolve a transferência de três áreas públicas em outras partes da cidade. Como parte do acordo, a indústria compromete-se a quitar o débito em 10 anos, incluindo os tributos correspondentes.
Conforme um dos diretores da empresa, Régis Arenhart, a fábrica será em pré-moldados. Esse modelo proporciona agilidade na construção. “Queremos estar lá até o fim do ano”, planeja.
Hoje o trabalho da Lajeadense Vidros está em dois locais. O administrativo e uma parte da produção na sede atual, na Bento Rosa. Outra linha em pavilhão alugado em Estrela.
Retomada
Hoje a capacidade produtiva da empresa está em 60%. “Temos quatro máquinas muito importantes ainda em manutenção. Uma delas é o forno de têmpera, que só vamos religar na nova sede. Isso representa duas linhas de produção paradas”.
Parte dos serviços que dependem de linhas mais complexas tem sido terceirizados para atender aos contratos. Passados sete meses da catástrofe, Arenhart conta que foi possível colocar em dia os pedidos que estavam em atraso. Isso possibilitou a retomada de contratos e de negócios, afirma o diretor.
A Lajeadense Vidros está na lista de 15 grandes indústrias que não tiveram acesso a créditos do governo para recuperação econômica após a inundação. Em termos de empregos, são cerca de 100 pessoas que atuam na empresa.