Você já sofreu ou conhece alguém que tenha sido alvo de algum tipo de golpe envolvendo canais financeiros? Infelizmente, o Brasil está entre os países que têm mais vítimas dessas situações, que se aprimoram com o avanço da tecnologia. Como medida de alerta para seus associados e a comunidade, a Sicredi Integração RS/MG chama atenção para uma das mais recentes armadilhas virtuais, denominada de Golpe da Falsa Central.
Para enganar as pessoas, os estelionatários utilizam o spoofing – técnica que mascara a identidade em uma ligação telefônica – para aplicar o Golpe da Falsa Central. Conforme o Coordenador de Controles Internos da Sicredi Integração RS/MG, Odair Thomas, na maioria das vezes, os criminosos informam que houve uma suposta invasão a conta, uma transferência de valor ou uma compra no cartão, por exemplo, e precisam de dados do titular para resolver o problema.
“A abordagem pode ser variada, mas, muitas vezes, apelam para o emocional e pela solução imediata do problema. Reforço que nenhum atendente oficial da instituição financeira solicitará para fazer teste de transação ou transferência de valores, nem solicitará para instalar aplicativo e, muito menos, pedirá dados pessoais, como a senha”, alerta.
Como o golpe funciona?
No Golpe da Falsa Central, o telefone toca e o número que está ligando pode ser aleatório ou igual ao que a pessoa já tem salvo, neste caso, o da central da instituição financeira ou o da agência. Mas, na verdade, quem está ligando é o próprio golpista – com a tecnologia, ele consegue mascarar o contato real, porém o número que aparece no telefone é legítimo, ou seja, já é conhecido.
Para dar credibilidade durante o contato, os criminosos usam números reais da instituição financeira, tentam obter informações e dados da vítima. Em casos mais graves, muitas pessoas acabam realizando transações financeiras, como transferências ou PIX, tendo como destinatário o próprio golpista.
Confira quem está ligando
Uma das primeiras medidas de prevenção é sempre confirmar a identidade da pessoa que está ligando, e não iniciar imediatamente a conversa. Geralmente, esse não é um hábito muito comum. No entanto, é indicado que a prática comece a fazer parte da rotina das pessoas na tentativa de não cair no golpe.
Regra dos cinco minutos
Outra tática preventiva é a regra dos cinco minutos. Quando o golpista percebe que a vítima está desconfiada, ele pede que desligue e faça uma ligação para a central de atendimento da instituição bancária. Mais uma tática para confundir quem está do outro lado da linha. Isso porque, no Golpe da Falsa Central, a pessoa acha que está desligando e ligando para o seu banco ou cooperativa, mas o telefone continua plugado na chamada anterior.
Se isso acontecer, encerre a chamada e busque o contato com sua agência ou instituição após cinco minutos. “A nossa orientação é que o associado desligue o telefone, espere alguns minutos, pense, acesse a sua conta, verifique se realmente houve alguma transação na conta ou no cartão. Após, entre em contato com os canais oficiais da instituição financeira ou com o gerente da conta. Se você recebeu a ligação por um número de telefone fixo, recomendamos utilizar outra linha fixa ou o celular para contatar a instituição financeira, mesmo após esperar os cinco minutos”, orienta Thomas, salientando que a Sicredi Integração RS/MG não entra em
contato para solicitar informações pessoais, atualizar cadastro ou pedir senhas e documentos.
O que fazer para não cair no golpe?
– Desconfie das ligações, mesmo que a chamada pareça ser de um número legítimo;
– Preste atenção no tom da conversa, pois o golpista sempre vai tentar desestabilizar você, inventando situações ou dizendo que sua conta foi invadida;
– A Sicredi Integração RS/MG não solicita PIX ou transferências por telefone. Não forneça seus dados: a Cooperativa nunca vai pedir informações para você pelo celular ou telefone;
– Lembre da regra dos cinco minutos e aguarde para entrar em contato;
– Quando você desconfiar que for golpe, desligue o telefone e procure sua agência.
Outras fraudes conhecidas:
– Golpe da confirmação de dados: pedem a confirmação de informações simples, como nome dos pais, data de nascimento, endereço ou CPF. Esse conjunto de respostas pode causar problemas futuros, como abertura de contas e até empréstimos financeiros.
– Golpe do falso motoboy: o golpista informa que você foi vítima de uma transação suspeita e solicita sua senha para bloquear o cartão. Após a senha ser informada, avisa que um motoboy buscará o cartão para descartá-lo. Mas com o cartão em mãos, transações financeiras são realizadas.
– Golpe do empréstimo/crédito: um suposto atendente de instituição financeira oferece um empréstimo facilitado. Mas, para receber o crédito, é necessária uma transferência para ‘liberar’ o valor. A partir do momento em que você transfere, eles ficam com o dinheiro e nenhum empréstimo é realizado.
– Golpe envolvendo transação PIX: não acesse links duvidosos e fuja de e-mails, SMS ou mensagens de WhatsApp enviadas por pessoas desconhecidas, solicitando o preenchimento de pré-cadastro, cadastro ou compartilhamento de dados pessoais. Hoje, o nosso único canal oficial para fazer o seu cadastro da chave no Pix é o aplicativo Sicredi. Tenha atenção: não realize nenhuma “transação de teste”, pois essa ação não existe.
– Golpe do WhatsApp: com o envio de links falsos ou solicitações do código de autenticação do telefone, criminosos podem clonar o aparelho e pedir dinheiro emprestado para a lista de contatos, além de vazar informações, como mídias e conversas pessoais.