Moradores do Centenário temem mudança no abastecimento de água

LAJEADO

Moradores do Centenário temem mudança no abastecimento de água

Associação que representa o bairro fará reunião na noite desta quarta-feira, 20. Serviço hoje é de responsabilidade do município, mas pode ser repassado à Corsan. Governo admite levantamento, mas diz não ter definição sobre tema

Moradores do Centenário temem mudança no abastecimento de água
Foto: Mateus Souza
Lajeado

Abastecido com poços artesianos construídos ao longo dos últimos anos, o bairro Centenário pode ter mudanças no fornecimento de água à comunidade. O possível repasse para a Corsan/Aegea preocupa moradores, que desejam a continuidade do serviço da forma como é prestado hoje, por meio do Executivo municipal.

Para referendar o pedido, a Associação de Moradores promove reunião nesta noite, às 19h, no salão comunitário da Igreja Santa Terezinha. Um requerimento foi elaborado pela entidade, com o objetivo de colher assinaturas das pessoas presentes. A ideia é levar o documento até as mãos do prefeito Marcelo Caumo.

Conforme a presidente da associação, Raquel da Rosa, a mobilização iniciou justamente após uma conversa dela com o prefeito. Ela foi até o gabinete para solicitar a instalação de mais uma caixa d’água e abertura de um novo poço artesiano no bairro, ocasião em que foi informada sobre a possibilidade da Corsan assumir o serviço.

“Eles já tiveram uma reunião com o município na sexta passada, mas não nos passaram nada. Não comunicaram também os presidentes de bairros, pois outras localidades também devem ser afetadas. E nenhum deles está sabendo”, frisa Raquel, que também foi pedir apoio da câmara de vereadores.

Qualidade do serviços

Entre os motivos elencados pela Associação de Moradores para a permanência da concessão por parte do município, está a qualidade da água dos poços artesianos, bastante elogiada pela comunidade. “E também o custo do serviço de distribuição é compatível com a realidade econômica da população”, pontua Raquel.

Por outro lado, a reunião pode servir, segundo ela, para dar luz às reivindicações da comunidade. “Deveriam, no mínimo, ouvir a opinião dos moradores. Pois nós pagamos por essa água, pagamos impostos e tudo. Deveríamos ter o poder de definir o que é bom e o que não é. Então, penso que essa estratégia do município está errada”.

“Apenas conversas”

O abastecimento de água por parte do município está vinculado à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos. O titular da pasta, Fabiano Bergmann, nega que o repasse do serviço esteja definido. “O que fizemos, na verdade, é um primeiro levantamento do que nós temos nos bairros, de como é nosso atendimento, quais estruturas temos para o abastecimento de água”, pontua.

Esse levantamento, admite o secretário, foi entregue à Corsan. “Mas isso vamos ver futuramente, de repassar o serviço. Não tem nada definido agora. Tanto que o município tem investido na construção de poços e reservatórios”.

Ao todo, hoje, Lajeado conta com 15 poços artesianos. As redes hidráulicas do município abastecem, além do Centenário, as comunidades dos bairros Imigrante, Igrejinha e Conventos, além das localidades de Alto Conventos e Barra da Forquetinha, e do Distrito Industrial.

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