A falta de anúncios em apoio às empresas deixa os prefeitos da região insatisfeitos com a visita do presidente Lula e oito ministros ao Vale do Taquari. Gestores relatam constrangimento com “clima de comício” no Teatro Univates, na tarde desta sexta-feira, 15.
Vaiado quando anunciado, o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo (PP), diz ter ficado extremamente chateado. “Não pela vaia. Isso não tem problema. Fui lá em respeito às famílias que perderam casas. Empresas que perderam produção. Fazer festa com o evento foi traumático. A expectativa era outra. Não de uma festa partidária no teatro da Univates.”
Caumo diz ter saído com dúvidas sobre o sistema de alertas e dragagem do Rio Taquari, assuntos abordados durante o evento. “Saio com mais questionamentos do que respostas.”
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Presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa (PDT) diz que o mais importante não foi anunciado. “Era necessária a ampliação de créditos subsidiado para as nossas pequenas, médias e grandes empresas, por ser fundamental para a garantia da manutenção do emprego para os nossos cidadãos.”
Além de estar descontente com a falta de recursos às empresas, o prefeito de Estrela, Elmar Schneider (MDB), reclamou do número de unidade habitacionais anunciadas ao município. Diz que esperava pelo menos 300, mas o governo vai repassar 100. “O que eu vi foi um grande comício. Lamentável.”
O prefeito de Muçum, Mateus Trojan, também se queixou da falta de recursos aos negócios. “Precisam de juros flexibilizados para reestabelecer as empresas que ainda penam e correm o risco de fechar. Foi uma frustração não ter anúncios neste sentido.”
Trojan, porém, celebra os recursos à reconstrução de casas e de novas unidades habitacionais ao município. Lembra que o contrato para reconstrução da Ponte Brochado da Rocha foi assinado. “Momento feliz para nossa cidade. Planos de trabalho estão aprovados. Queremos dentro deste ano devolver a ponte para as pessoas.”