Empresas e funcionários compartilham responsabilidades na profissionalização

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Empresas e funcionários compartilham responsabilidades na profissionalização

Consultores e gestores alertam que investir na formação das equipes é chave para crescimento das empresas

Empresas e funcionários compartilham responsabilidades na profissionalização
Especialistas reforçam que a formação profissional é um fator determinante para o crescimento das organizações. (Foto: FILIPE FALEIRO)
Vale do Taquari

Em um mercado cada vez mais dinâmico, em constante transformação pela imersão das tecnologias, os profissionais precisam se adaptar. Quando se trata de um trabalhador inserido em alguma empresa, qual a responsabilidade de cada um, empregador e funcionário.

O programa “RUMO – O futuro da mão de obra na região” abordou o desenvolvimento profissional: a importância da parceria entre empresas e funcionários na busca pela excelência.

Especialistas destacaram que essa responsabilidade compartilhada é fundamental tanto para a sobrevivência das organizações, mas também para o crescimento em termos de resultados e novas prospecções.

O debate está disponível no A Hora TV no youtube. A programação teve como convidados o diretor do Dale Carnegie no Vale do Taquari, Gabriel Garcia, da diretora da Sulatti, Liselena Neumann, e da psicóloga e consultora empresarial, Silvia Vargas.

Na avaliação dos participantes, é preciso haver um entendimento dentro das empresas de que o avanço técnico, dos processos e dos métodos de trabalho está no DNA do negócio. “Chamamos de cultura da empresa. E isso deve ser defendido sempre, pois está nesse conjunto de valores a identidade da organização”, afirma o diretor do Dale Carnegie, Gabriel Garcia.

Para os três debatedores, a formação profissional é um fator determinante para o crescimento das organizações, pois impacta de forma direta a qualidade dos serviços, das entregas e dos resultados.

O Programa Rumo – O futuro da mão de obra na região – é uma realização do Grupo A Hora e conta com o patrocínio de Cascalheira Stone Garden, Colégio Evangélico Alberto Torres, Construtora Diamond, Sicredi, Univates, Rhodoss Implementos Rodoviários, Metalúrgica Hassmann, Dale Carnegie, Governo de Estrela, Rota Inox e Construtora Giovanella.

Importância do líder

Para Silvia Vargas, o contato entre equipe com o superior imediato é uma das chaves para fortalecer a cultura de busca incessante por conhecimento e novas formas de trabalho. “Tudo o que o ser humano quer, onde esteja, é ser notado. Com os nossos colaboradores, estamos atentos a eles? Nos comunicamos bem com a equipe? Eles sabem o que é planejamento estratégico? Tem ideia do papel deles na organização?”, questiona.

Para a consultora, deixar claro o papel deste trabalhador dentro do ambiente corporativo nivela expectativas e reduz problemas com absenteísmo e rotatividade. “Temos que trabalhar a experiência do colaborador dentro da empresa. Um dos principais ativos das pessoas é a capacidade de pensar sobre aquilo que fazem. Se não tivermos um olhar para isso, teremos problemas.”

O diretor do Dale Carnegie Vale do Taquari, Gabriel Garcia, concorda e acrescenta: “o primeiro motivo para um trabalhador pedir para sair não é salário. Fizemos uma pesquisa, e o número um é desentendimento com o líder imediato. Não é com o dono da empresa, ou com o diretor, mas com o líder dele naquele setor específico.”

Para ele, essa evidência mostra que o papel de gerentes, encarregados, coordenador de setor, precisa ser visto com muita atenção, pois é no dia a dia que se constrói ou se destrói relacionamentos profissionais.

Resistência frente a mudança

“Instalamos novos equipamentos nos caminhões pela manhã. Na parte da tarde, chegou o primeiro pedido de demissão”. As palavras da diretora da Sulatti, Liselena Neumann, empresa de logística de Arroio do Meio, são um exemplo de como a mudança em processos e formas de trabalho pode encontrar resistência entre os trabalhadores.

“Fizemos uma série de treinamentos para uso de novas tecnologias e teve quem não aceitou. Precisamos saber lidar com isso, nem todas as pessoas estão de portas abertas e querem acompanhar a evolução”, frisa.

Ex-professora, Liselena criou um sistema de treinamentos dentro da empresa. Para além das atividades práticas voltadas ao trabalho na transportadora, também passaram a ouvir o que os trabalhadores desejavam aprender, como uma forma de garantir engajamento e proatividade.

“Nos cursos, buscamos explicar o propósito daqueles conhecimentos. De como aquilo vai impactar na vida dele, tanto como profissional quanto como pessoa. No fim do ano passado, fizemos um treinamento de frenagem brusca. Como conduzir o caminhão e aumentar a vida útil dos freios, reduzir consumo de combustível e evitar perda de produtos. Teve quem chegou para nós e disse: ‘passei a conduzir o meu carro dessa forma’.”

No programa os debatedores reforçaram a ideia de que a responsabilidade pela profissionalização não deve recair apenas sobre as empresas, mas também sobre os trabalhadores. A parceria entre ambas é essencial para o desenvolvimento sustentável no ambiente de trabalho, afirmam.

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