O monitoramento da qualidade da água de dois rios e 13 arroios da região foi impactado pela enxurrada de setembro passado. As
etapas de coleta foram realizadas em março e outubro de 2022 e março de 2023. Por conta da enchente de setembro que arrasou o Vale do Taquari, a quarta etapa precisou ser postergada para dezembro. A decisão foi orientada pelos técnicos do laboratório Unianálises, responsável pela coleta e análises das amostras.
As características dos mananciais influenciam nos resultados. O volume, tanto maior quanto menor, altera a diluição dos parâmetros, como
coliformes termotolerantes, oxigênio dissolvido, fósforo total e outros que compõem o Índice de Qualidade da Água (IQA).
Além da enxurrada de setembro, o nível dos rios Taquari e Forqueta voltaram a subir na enchente de novembro passado. Só em
dezembro, entre um período e outro de precipitação foi possível coletar as amostras em ponto com acesso de barco para fins comparativos às outras três etapas anteriores.
O índice que mais chama a atenção é o registrado no ponto 5, foz do arroio do Engenho em Lajeado. O IQA passou da classificação ‘ruim’ para ‘péssimo’, e o índice de 25,39 para 15,88, em uma escala de zero a 100 (veja quadro). Este manancial, desde o início do monitoramento, é o que apresenta a pior qualidade. Também teve queda significativa na qualidade da água a amostra da foz do arroio Saraquá, que estava ruim (28,82) em março de 2023 e passou para péssimo (20,42) em dezembro passado.
Os demais mananciais testados permaneceram na faixa ruim, com destaque para o rio Forqueta, que elevou IQA de 27,72 para 33,28.