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Opinião

Marcos Frank

Marcos Frank

Médico neurocirurgião

Colunista

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Na Primeira Guerra Mundial, somente nas fileiras militares, houveram 10 milhões de mortos e 20 milhões de feridos.

Logo depois, o Terror Vermelho na Rússia Soviética foi uma campanha de prisões e execuções em massa levada a cabo pelo governo bolchevique liderado por Lenin contra grupos sociais proclamados inimigos de classe. Os números mais confiáveis estipulam que entre 100 000 e 200 000 pessoas morreram, embora uma fonte chegue a dizer que o total de vítimas possa girar em torno de 1,3 milhões.

A Segunda Guerra Mundial foi o conflito militar mais mortal da história. Um total estimado de 70 a 85 milhões de pessoas pereceram, o que representou cerca de 3% da população mundial de 1940. As mortes causadas diretamente pela guerra (incluindo militares e civis mortos) são estimadas em 50 a 56 milhões de pessoas, enquanto houve uma estimativa adicional de 19 a 28 milhões de mortes por doenças relacionadas à guerra e fome.

O Holocausto é o termo geralmente usado para descrever o genocídio de aproximadamente 6 000 000 de judeus europeus durante a Segunda Guerra Mundial. Martin Gilbert estima que 5 700 000 (78%) dos 7 300 000 de judeus na Europa ocupada alemã foram vítimas do Holocausto.

Entre 1958 e 1962, 45 milhões de chineses morreram de fome. Foi uma consequência direta do “Grande salto para frente”, uma espécie de programa de aceleração do crescimento da China, implementado por Mao Tse Tung e o Partido Comunista Chinês. No papel, era um plano excelente, que levaria o país a sobrepujar economicamente qualquer nação do Ocidente em menos de 15 anos. Na prática, foi uma tragédia de dimensões continentais, com um custo inestimável em sofrimento e vidas humanas.

O balanço mais recente da Revolução Cubana considera 9.222 mortes de 1º de janeiro de 1959 a 31 de dezembro de 2020, sendo 3.051 delas de execuções por fuzilamento. Atualmente, o número que mais preocupa é o de pessoas que estão morrendo nas prisões. Nesse período mais de 1 milhão de cubanos emigraram.

No Brasil, o relatório final da Comissão Nacional da Verdade afirmou que, durante a ditadura, 434 pessoas morreram ou desapareceram. As estimativas sobre o número de pessoas forçadas a partir durante a ditadura militar variam entre 5 mil e 10 mil.

Na Argentina, o número oficial que até hoje é compilado pelo Registro Unificado de Vítimas do Terrorismo de Estado, é de 8.631 mortos e desaparecidos no período de 1976 a 1983, mas o próprio relatório reconhece que a cifra é subestimada. Quanto aos exilados, estima-se que saíram do país entre 15 mil e 100 mil pessoas.

O governo de Pinochet no Chile é considerado um dos mais sangrentos da América Latina. A Comissão da Verdade e Reconciliação do Chile, instalada logo depois do fim da ditadura, estimou que ao menos 3.200 pessoas morreram ou desapareceram e pelo menos outras 40.000 foram torturadas pelos militares durante os 17 anos de ditadura. O exílio político durante a ditadura de Pinochet representa o maior movimento migratório da história do Chile, totalizando mais de 200 mil pessoas forçadas a deixar o país.

Na Venezuela após a revolução chavista mais de 6 milhões de venezuelanos fugiram de seu país em meio à deterioração das condições, igualando a Ucrânia no número de pessoas deslocadas e superando a Síria, segundo as Nações Unidas. Muitos deles vieram para o Brasil. Um relatório da ONU de 2019 aponta que o governo da Venezuela registou 5.287 mortes em operações de segurança somente em 2018, alegando que elas ocorreram em circunstâncias de “resistência à autoridade”, segundo o relatório apresentado pela Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet. As forças de segurança da Venezuela estão fazendo uso de esquadrões da morte para matar opositores e vêm sistematicamente forjando situações para parecer que as vítimas resistiram à prisão, o que torna difícil quantificar quantos venezuelanos foram mortos pelos chavistas.

A contagem final de Israel para o massacre do Hamas em 7 de outubro é de 1.139 pessoas: 685 civis israelitas, 373 membros das forças de segurança e 71 estrangeiros. As mortes em Israel desde então elevam o total para cerca de 1.200. Trinta e seis das vítimas eram crianças. Os militares israelenses afirmam que 174 soldados foram mortos em Gaza e 1.023 feridos.

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