A paixão dos gaúchos pela dupla GreNal vai além do Esporte. É uma expressão de identidade, história e cultura. É um sentimento que transcende o campo de futebol e permeia a vida de cada torcedor gaúcho, unindo gerações e fortalecendo a conexão com seu time, cidade e estado. Porém, dentro de campo, nem sempre o espetáculo é aquele que torcedor merece. Inúmeras vezes na história do maior clássico do mundo, o de maior rivalidade, o medo de perder foi maior que a vontade de ganhar.
Me parece que, desta vez, a história é diferente. Começando pelos dois homens que vão comandar Grêmio e Inter no próximo domingo. Renato Portaluppi e Eduardo Coudet têm em seu DNA a sede pela vitória. Muitas vezes até beirando a inconsequência e levando os defensores do resultado a qualquer custo a loucura.
Renato é um treinador mais pronto que o argentino, mais experimentado. Amadureceu como profissional e no ano passado, na minha opinião, fez sua melhor temporada taticamente. Melhor até mesmo do que em 2016 e 2017.
Eduardo Coudet também vem evoluindo. Parece que está aprendendo com erros e deixou para trás o profissional explosivo que abandonou trabalhos pela metade e reclamava da falta de qualidade do elenco a cada entrevista.
Mas acredito que o próximo clássico será tão bom apenas pela evolução dos dois treinadores. Futebol se faz com bons jogadores. E as diretorias de Inter e Grêmio entregaram a seus comandantes elencos capazes de proporcionar um grande espetáculo ao torcedor. O Inter chega mais pronto. O grupo semifinalista da Libertadores perdeu apenas Johnny e acrescentou qualidade, jogando hoje um futebol maduro. O Inter é um time pronto.
Renato acabou recebendo alguns de seus principais reforços apenas na última semana. Mas de cara já se pode perceber que Du Queiroz e Pavon são jogadores de outra prateleira. Estes devem ser titulares no clássico.
A incógnita é Diego Costa. O centroavante estava parado desde o fim do ano passado e parece ter sido uma alternativa de última hora e paliativa para a cobrança quanto ao substituto do insubstituível Suárez. O jogador que fez 11 gols nos últimos três anos precisará mostrar muito mais do que isso para buscar seu lugar no coração do torcedor. Acredito que inicie no banco de reservas. GreNal normalmente é um clássico de poucos gols. Há muitos empates por zero a zero e vitórias magras na história do confronto. Mas desta vez, devido ao ímpeto vendedor de seus treinadores e a qualidade dos elencos, apostaria que não teremos dois zeros no placar do Beira-Rio.
Independentemente do resultado, a rádio A Hora vai te contar todas as emoções do clássico 441. O Concentração no 102.9 FM abre às 16h, direto de Porto Alegre. E jornada esportiva começa às 18h30. Você também acompanha tudo na semana seguindo nossas redes @ahoragrenal.
Que seja um grande clássico, de paz e bom futebol.