Em meio a preocupações crescentes com a propagação da dengue, o secretário da Saúde de Lajeado, Claudio Klein, participou do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, nesta quarta-feira, 14, para abordar os desafios enfrentados pelo município e os planos de imunização contra a doença. O médico pneumologista destacou levantamento feito a nível nacional no ano passado, o qual apontou que 75% da transmissão da dengue ocorre dentro das casas.
Os principais locais de foco de criadouros do mosquito da dengue estão em pontos de acúmulo de água como vasos e pratinhos de plantas, garrafas, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção. Em segundo lugar, as caixas d’água e demais depósitos de armazenamento de água elevados ou no nível do solo (22%) e, por fim, pneus e lixo (3,2%).
A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, continua a representar um desafio global, com suas quatro variantes e picos de incidência em diferentes regiões. Apesar dos avanços no desenvolvimento de antivírus, ainda persistem incertezas sobre o comportamento do vírus.
Klein enfatizou a complexidade da imunização contra a dengue, observando que cada variante requer uma abordagem única e que, teoricamente, uma pessoa pode contrair a doença até quatro vezes ao longo da vida. Ele também comentou sobre a expectativa da disponibilidade da vacina na rede pública, destacando o compromisso do Laboratório Takeda de direcionar toda a produção para o SUS.
Quanto à eficácia da vacina e à duração da imunidade, Klein expressou otimismo, sugerindo que, apesar das incertezas, a imunidade gerada deverá ser funcional a longo prazo, à semelhança de outras antivirais.
No contexto local, o município de Lajeado enfrenta desafios significativos, com a confirmação de cinco casos de dengue. O mosquito Aedes aegypti, adaptado ao clima subtropical, já circula com quatro tipos de vírus na região, incluindo a variante Den-1, com sinais também da Den-2.
O secretário enfatizou a importância da identificação e redução dos focos do mosquito, ressaltando a colaboração da comunidade na prevenção, ao permitir o acesso dos agentes de saúde para a realização de inspeções e a eliminação de criadouros.
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