Nos últimos anos, consigo perceber que a busca das montadoras para apresentar ao mercado diferentes estilos de automóveis que sejam melhores para o meio ambiente e causam menos poluição é uma realidade, com isso hoje vemos diversos exemplos dos veículos com opções diferenciadas, e hoje quero comentar os que são movidos a hidrogênio.
Primeiramente, precisamos considerar que da mesma forma que ocorre com automóveis movidos a gasolina e os carros elétricos, a energia requerida por esses veículos precisa ser armazenada em algum lugar. Em veículos movidos a hidrogênio, esse armazenamento é feito em tanques específicos concebidos para suportar as temperaturas extremamente baixas do combustível, que podem chegar a -36°C.
Considero como principal vantagem desse tipo de combustível, o fato de os veículos movidos a hidrogênio não emitirem poluentes na atmosfera. Conforme mencionado pela IEA, o hidrogênio pode se tornar um elemento crucial do conjunto de recursos necessários para alcançar os objetivos de redução de carbono estabelecidos ao redor do mundo nos acordos climáticos. Por isso, podemos dizer que o hidrogênio é uma das melhores opções para servir como gerador de energia para os próximos anos.
Outra vantagem que podemos considerar é a possibilidade de reabastecimento eficiente, rápido e fácil. Após aproximadamente cinco minutos, eles se encontram completamente carregados, um processo apenas um pouco mais demorado em comparação aos carros a gasolina, que são reabastecidos em cerca de dois minutos.
Importante comentarmos também que existem os pontos negativos como as limitações nas redes de abastecimento, tendo em vista que o cenário atual em grande parte do planeta é de escassez de estações dedicadas ao abastecimento de hidrogênio, porém, a expectativa é que esse cenário mude daqui alguns anos.
Os caminhões a hidrogênio passam por desafios ainda maiores, já que o objetivo deles é transportar por grandes distâncias. Porém, a Europa, ao contrário do que tem acontecido nos EUA, se prepara para colocar o hidrogênio nas estradas.
Alguns dos maiores fabricantes de caminhões do mundo, incluindo Daimler, Volvo e Iveco, estão buscando encontrar soluções viáveis para a utilização dessa energia limpa em caminhões pesados. Em setembro do ano passado, a Daimler Truck bateu recorde de autonomia com seu protótipo “GenH2”, ao percorrer 1.047 quilômetros que separam sua fábrica em Wörth am Rhein, perto da França, e a capital.
Ainda restam muitos obstáculos antes que o transporte terrestre adote a tecnologia limpa, como a falta de infraestrutura e recursos de hidrogênio, ou os custos e desafios técnicos, mas a Daimler espera iniciar a produção em série na segunda metade da década, ou seja, em 2025.
Apesar de ainda ser uma realidade distante para nós brasileiros, as movimentações ao redor do mundo fazem acreditarmos que essa tendência pode se tornar possível ao longo das próximas décadas. Com o decorrer do tempo, essa tendência tende a se espalhar por diversos países e ser a melhor opção para ajudar a reduzir as emissões de poluentes até meados do século.
Sigo na torcida para encontrarmos formas distintas de combustíveis não poluentes. Nosso planeta precisa ser cuidado, e acredito que estamos avançando tecnologicamente para encontrarmos as melhores formas de seguir o desenvolvimento humano, de uma forma mais amigável ao meio ambiente.
