Sempre gostei de abordar a temática do relacionamento humano. É a base de tudo aquilo que fizemos, envolvendo desde nosso cotidiano mais banal até dias extremamente importantes, nos quais temos que tomar decisões complexas. Me chama atenção a falta de preparação nos mais variados setores e instituições, tanto da esfera privada, como da pública.
Faço uma constatação com base nas centenas de empresas e/ou lideranças com as quais convivi e conversei nos últimos dois anos. Vivemos um reflexo pós-pandemia que agravou a questão que envolve as habilidades interpessoais. Contrário do que se pensava anteriormente. Insegurança, medos afloram com mais facilidade, instabilidade psicológica em situações normais do cotidiano, descontrole emocional aflorando com maior frequência, entre outros.
Por outro lado, um grande número de profissionais, em especial aqueles em posição de liderança, estão procurando se aperfeiçoar e treinar, reforçando suas habilidades positivas, assim como trabalhar aquelas que precisam melhorar. Quem atua nesse segmento precisa estar preparado, tanto para os momentos de crescimento e prosperidade, como nos mais severos declínios nos ciclos de negócio. E é essencial, quando avaliamos nossas lideranças, insistir nos quesitos: ética, relações humanas e comunicação eficiente.
Lembrar também que um dos propulsores do líder é o otimismo aliado ao interesse sincero pelas pessoas. O otimismo vejo como um talento. O otimista não aceita um “isso não vai dar certo” como resposta. Quando os erros acontecem, o otimista os enxerga como parte do processo, uma situação temporária para chegar no resultado ideal. E com esse pensamento e modo de vida, a capacidade de superar obstáculos se torna uma rotina que vencemos com animação, criatividade, superação de desapontamentos e fracassos. E sabemos que a melhor receita é liderar pelo exemplo. Falar menos e saber escutar é primordial nessa seara.
Aceitar e receber de bom grado o risco, o desafio, estar aberto às mudanças. Quem gasta energia trabalhando contra as mudanças, já está com um sério problema para ser resolvido com urgência. A pessoa que corre riscos e aceita mudanças, dá abertura para as oportunidades. Você deve conhecer várias pessoas da tua relação que são queixosas, “pesadas” , que vivem reclamando que nada dá certo para elas. E não é por acaso. Por isso querer conhecer o desconhecido, confiar na nossa intuição, são elementos importantes na nossa caminhada, se procuramos resultados satisfatórios.
A aversão ao risco infelizmente é muito maior do que o contrário. A preocupação paralisa, a temeridade atrapalha. A busca pelo resultado que almejamos, ou a busca pela felicidade, como erroneamente nos é vendida a fórmula, via de regra passa por um viés doloroso, ao qual devemos nos acostumar e seguir em frente. A decisão de seguir o caminho nos tornará mais fortes. Devemos lembrar que problemas reais existem na vida de cada um, e a maioria tem solução. E a melhor resposta para quem sempre aciona o freio de mão e tenta atrapalhar a mudança para melhor, o progresso, é: “os cães ladram enquanto a caravana passa”.