Criada para promover pautas LGBTQIA+ dentro e fora da comunidade, a Revista Vally foi idealizada pelo fotógrafo Marcelo Sá, junto do marido Vitor Freitas. A revista on-line, que começou no ano passado através de uma página no Instagram, lançou, há poucas semanas, um site para divulgar ainda mais as temáticas. Sá conversou sobre o assunto em entrevista ao programa Pra Você, neste sábado, 3.
Marcelo, que veio do norte do Brasil, conta que a revista surgiu em uma conversa com o marido. “Sempre tive esse desejo pessoal de criar algo assim. Fiquei receoso porque todo mundo me dizia que o Vale era bastante conservador, mas deu muito certo. Criamos a página e, menos de três meses depois, já tínhamos mais de mil seguidores”, conta.
Para Marcelo, o site vai dar mais visibilidade à revista, inclusive para fora do Vale do Taquari. “O propósito é informar sobre a comunidade LGBTQIA+ para quem faz parte e também para quem é de fora. Nós percebíamos que faltava isso por aqui”, explica.
No início, Marcelo era o único redator. Hoje, a revista já tem outras oito pessoas que produzem conteúdo, todos voluntários. “Já me questionaram sobre renda, mas esse não é o propósito da revista por enquanto. Queremos que seja um meio de comunicação e divulgação.”
A equipe é diversa e, por isso, proporciona visões diferentes, ressalta Marcelo. Tem uma psicóloga, um filósofo, pessoas trans, gays. “Temos até a nossa ‘cota hétero’, como brincamos, porque queremos falar com todo mundo e para todo mundo.”
Os conteúdos são postados de forma semanal e podem ser conferidos pelo Instagram (@revistavally) ou pelo site revistavalley.com.br.
Projeto The Drags of Brazil
A Revsta Vally trabalha em um novo projeto, em parceria com o fotógrafo Diego Kist e a Univates. Kist, explica Marcelo, é natural do Vale do Taquari, mas mora em Portugal, onde desenvolve o projeto The Drags of Brazil.
“Juntos, decidimos trazer isso aqui para a região. A Univates cedeu o Teatro, onde fotografamos seis drag queens de Lajeado”, conta. As fotos, além de publicadas nas redes sociais, serão expostas na Casa de Cultura e na universidade no mês de junho. “A ideia é mostrar as dragas de uma forma diferente. Contar as histórias e trazer elas à luz do dia”, ressalta.
