“Eu não estudei, então fui trabalhar em uma loja”. “Estou como vendedor enquanto não arrumo outro emprego.” “O comércio paga pouco”. Essas são algumas frases do senso comum que criam uma falsa realidade sobre o profissional de vendas.
Para quebrar ciclos de desinformação e mostrar que todo o trabalho dentro de uma empresa precisa de bons vendedores, o primeiro episódio de 2024 do Projeto Rumo – O futuro da mão de obra na região – abordou a profissionalização do setor de vendas como uma exigência do mercado.
O debate teve a participação da presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Lajeado (CDL) Giselda Hahn, da gerente de Pessoas e Cultura das Lojas Dullius, Gabriele Huppes, e da diretora do Senac, Etiene Azambuja.
Foi ao ar na Rádio A Hora 102.9 na noite dessa quarta-feira. Também está disponível em imagens para assistir em qualquer momento no canal A Hora TV no Youtube.
“Há pouco entendimento de que ser vendedor pode ser uma carreira para levar a conquistas e realizações pessoais. É mais do que um alcançador de peças”, adverte Gabriele.
“Por muitos anos houve uma construção sobre o status social do vendedor, de que seria um trabalho passageiro até arranjar outra atividade. E não é assim. Um profissional com conhecimento sobre o trabalho tem condições de fazer carreira e conquistar realização pessoal”, diz a gerente do Senac, Etiene.
A presidente da CDL, Giselda, acrescenta: “Lajeado cresceu. O público de hoje é diverso. Para atender, precisamos conhecer técnicas. Em cima disso, temos uma característica, de pessoas envolvidas e que vão atrás. Foi assim para trazermos diversos cursos ao longo dos últimos anos.”
O projeto multiplataforma do Grupo A Hora conta com o patrocínio da Cascalheira Stone Garden, Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat), Sicredi, Univates, Rhodoss Implementos Rodoviários, Construtora Diamond, Metalúrgica Hassmann, Instituto Dale Carnegie, Governo de Estrela e Rota Inox.
Mais preparo para crescer
As participantes do debate concordam: as empresas da região têm dificuldade em formar os times de vendas. Os motivos passam por status social, horário de expediente fixo (inclusive aos sábados e alguns feriados), até a necessidade de lidar com o público. “Quando vendemos, estamos à disposição do outro. Algumas pessoas pensam que isso é ruim. Quando não é”, diz Gabriele.
“O vendedor preparado se torna uma referência para os clientes. Por vezes até ultrapassa as marcas para qual atua. Quando ele cria uma carteira de clientes, caso ele saia da empresa, essas pessoas vão junto”, alerta Etiene.
“Aos poucos vamos mudando essa cultura que se criou sobre a atuação do profissional de vendas. Levar para os futuros profissionais, para os jovens, e conscientizar sobre as oportunidades da profissão. Sobre o que se pode conquistar e crescer”, resume Giselda.