“Empreender faz parte da nossa cultura”

O MEU NEGÓCIO

“Empreender faz parte da nossa cultura”

Sócio diretor da RS Turismo e presidente da Amturvales, Charles Rossner, destaca a posição do Vale do Taquari no cenário turístico

“Empreender faz parte da nossa cultura”
Empreendedor destaca papel da Amturvales de pensar, junto com os municípios, políticas públicas para desenvolver e fomentar o turismo local. (Foto: Deivid Tirp)

“Sempre gostei de viajar, descobrir destinos fora do padrão e, principalmente, conhecer novas culturas”. Desde jovem em contato com diferentes setores do turismo, fosse por conta de processos de mudança ou em viagens com a família, Charles Rossner descobriu uma paixão.

Sócio diretor da RS Turismo e presidente da Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales), Rossner foi o convidado desta segunda-feira, 15, de “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. Durante o bate-papo relembrou os períodos em que morou em Santa Maria, São Sepé, Salvador do Sul, Lajeado e, ainda, em Paverama.

O empreendedor comenta, também, que fez a formação em Processamento de Dados, atual Informática, no Colégio Cenecista General Canabarro, em Teutônia. “Me formei, fiz meu estágio na instituição durante seis meses e logo após fui contratado pela escola para fazer a manutenção de rede”.

Concomitante à rotina de trabalho, Rossner continuou viajando por conta própria. Detalha que, com o passar do tempo, as pessoas começaram a procurá-lo para pedir dicas de viagens. “Percebi que era um ramo que poderia dar certo”. Em 2007, ele abriu a RS Turismo.

A primeira rota, recorda, foi para Bonito e Pantanal. Na época, só eram feitas viagens em grupos e apenas Rossner trabalhava na empresa. Com o avanço do negócio, se desfez da loja de informática que coordenava e seguiu apenas com a agência de turismo, aumentando a equipe.

Entrevista
Charles Rossner • Sócio diretor da RS Turismo e presidente da Amturvales

“O segredo do desenvolvimento é o cuidado com a taxa de permanência”

Rogério Wink: Como foi a evolução da empresa?

Charles Rossner: Até a pandemia trabalhei como uma agência normal. Até o momento trabalhava com todos os produtos e serviços necessários para uma viagem, como alguém de carro, cruzeiros, passagem aérea, serviços agregados, além de, caso necessário, contratar seguro e encaminhar vistos. Durante a pandemia passei um tempo em Manaus. Percebi que tinham muitos estrangeiros no país e, conversando com eles, conheci uma pessoa que trabalhava no Ministério do Turismo da França. Alinhamos a parceria, então comecei a atender esse público no turismo local. Ainda quero ampliar esse trabalho, acabei deixando um pouco de lado enquanto estive na Secretaria de Turismo e Desenvolvimento.

Wink: Há diferenças entre tipos de turismo?

Rossner: Aqui no Vale do Taquari, pelo menos na RS Turismo, trabalhamos com o turismo emissivo que é quando moradores daqui da região querem ir para outros lugares do país ou do mundo. Esse é o serviço tradicional das agências de viagem. Nossa outra área é justamente o turismo receptivo, ou seja, viajantes de outras regiões ou locais do mundo vêm para o Vale. Nesses casos, fazemos a recepção dessas pessoas, sendo que a compra pode ter sido feita diretamente conosco ou, como vem acontecendo também, temos fechado parcerias com outras companhias que redirecionam o serviço para nós.

Wink: Você é presidente da Amturvales. Qual a importância dela?

Rossner: A Amturvales é uma governança regional que tem o papel de pensar, junto com os municípios, políticas públicas para desenvolver e fomentar o turismo local. Ela também tem a função de representar essas ações com a Secretaria do Estado e com o Ministério do Turismo. O planejamento mais recente é que, a partir do ano que vem, as governanças deverão pensar juntas para que os projetos turísticos sejam regionais. Afinal, não há desenvolvimento de turismo de um município isolado, mas sim de um todo.

Wink: Qual a posição do turismo no Vale?

Rossner: É uma cadeia composta por diversos setores. As atividades vão desde rede de hotéis, restaurantes, serviços de transporte até os próprios empreendimentos turísticos. No geral, estamos felizes com a resposta que a região recebe, mas ainda queremos aumentar a média de permanência. O ideal é que quem venha para cá pense em ficar mais tempo, passando por uma boa parte dos pontos turísticos. Para isso, investir em infraestrutura é essencial.

Wink: Nesse processo, como é o relacionamento com os prefeitos da região?

Rossner: Um prefeito sempre vai ter um olhar para sua comunidade, afinal ele governa o município, não a região. É natural que os interesses vão prevalecer para sua cidade. Entretanto, no turismo trabalhamos essas questões com tranquilidade. Afinal, esse setor não é uma empresa estabelecida em um só local. Todos entendem isso. Nosso cliente é o turista, aquele que circula por toda a região.

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O livro relata as possíveis “armadilhas emocionais” que as pessoas podem criar para si mesmas e como sair delas. O ser humano é muito competente para se atrapalhar com seu mundo interior ou psicológico, tornando a vida difícil e tumultuada. Estas confusões, se não detectadas e trabalhadas, adoecem mentalmente as pessoas.

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