Beira da praia, caipirinha gelada, olhando as novidades do facebook e whats´upp no celular, me meto a pensar. Em tempos idos a comunicação era feita em livros e rádios. O leitor ou ouvinte recebia as informações mais relevantes mas tinha que raciocinar e formatar suas próprias imagens na cabeça. Hoje em dia vem tudo já previamente ¨mastigadinho¨ em vídeos, sem precisar de nenhuma digestão.
E como dizia um filósofo: uma imagem vale por mil palavras. O meu Cumpádi Belarmino complementa: ou podem influenciar mais do que a realidade objetiva dos fatos, é bom ter um pouco de cautela.
ACREDITE, SE QUISER
A dívida pública brasileira se aproxima de 6 trilhões de reais, quase empatando com o Produto Interno Bruto (PIB). E continua aumentando ultimamente e pressionando a taxa básica de juros (ou a inflação) prá cima.
Vocês já imaginaram um município, uma empresa, ou uma residência em que a dívida seja de quase 100% do orçamento dos próximos quatro ou cinco anos? Que tenha que pagar ou acumular mais 30% de juros da dívida a cada ano?
Vamos combinar: mais cedo ou mais tarde as finanças ¨explodem¨. É que nem cobra comendo o próprio rabo, não tem como escapar!
DOU FORÇA
Prá deixar claro, sujeito à críticas: sou contra leis de quotas, de qualquer origem. Mas incentivos para contratações de determinados grupos sociais podem ser bem interessantes, sem criar possíveis divisões sociais.
Por exemplo: os projetos de lei que visam incentivar pessoas idosas e até já aposentadas, com a proposta de redução de encargos sociais, tipo isenção do FGTS e do recolhimento do INSS, entre outros.
Algumas empresas de maior porte já fazem isso voluntariamente e é bonito de ver a atenção, a prestatividade, a fidelidade e a até o orgulho de se sentirem ainda úteis e necessários.
Alguns por necessidade de elevar a pouca renda, outros por já estarem cansados de ¨coçar o saco¨ passados dois ou três anos, mas muitos procurando alguma atividade profissional na qual se sintam valorizados.
É DURO VER ISSO
Um pai de família morreu afogado em Floripa nesse fim de semana, ao tentar recuperar um brinquedo do filho que entrou mar adentro.
Já vi isso acontecer na minha frente, na então praia do Costão. Não por um simples brinquedo perdido, mas um pai desesperado tentando salvar um filho do afogamento e acabaram os dois mortos. Fazem quase 60 anos e nunca mais esse lamentável episódio me saiu da memória, até porque eram amigos próximos.
A água é traiçoeira, nunca deixe ela passar além do nível da barriga, ainda mais no mar. Crianças que entram comigo na água já conhecem a voz de comando: ¨água só até a altura do umbigo!¨. Até o umbigo a ¨tração¨ prá dar meia-volta e retornar à margem por conta própria é garantida, inclusive para uma eventual salvatagem, acima disso começa a complicar…
SAIDEIRAS
Neto e nôno:
– Vô, o que o senhor ganhou no Natal e no Ano Novo?
– Cinco quilos de peso e um ¨porrão¨…
Nôno no posto de saúde na hora da injeção:
– Vai doer, enfermeira?
– Agora vai doer um pouco, mas mais tarde dói menos.
– Então, tá. Volto mais tarde então.
LIVRE PENSAR
“Vamos por partes, como dizia Jack, O Estripador.” – (atribuído a Millôr Fernandes)