De onde surgiu a ideia em percorrer o Caminho de Santiago e qual a meta de arrecadação?
Comecei a me planejar em abril de 2023. Mas depois que soube dos estragos causados pelas enchentes de setembro e novembro no Vale do Taquari, resolvi abrir a campanha de arrecadação para quem mais necessita. O objetivo também foi o de conscientizar sobre a importância da diálise para essas pessoas e ajudá-las, pois são, em sua maioria, oriundas de famílias em situação de vulnerabilidade.
Como foi o desafio de percorrer o famoso trajeto entre Porto e Santiago de Compostela?
Percorrer sozinho de 25 a 30 quilômetros por dia a pé é um teste intenso, mas possível para todos. Um pouco de treinamento e a motivação certa podem ajudar muito. O Caminho de Santiago é uma viagem pessoal muito bonita, feita anualmente por milhares de peregrinos, que recomendo verdadeiramente a todos. Fiz o caminho entre os dias 13 e 22 de dezembro. Ao todo, foram 250 quilômetros. Toda a jornada foi custeada por conta própria.
As pessoas beneficiadas tiveram muitas perdas na histórica enchente de setembro. O que representa, para você, dar esse suporte por meio das doações?
É mostrar um pouco de solidariedade e ajuda às pessoas que realmente precisam, porque têm sérios problemas de saúde, como a minha namorada Aline. Além do mais, o Rio Grande do Sul está muito ligado à minha região de origem, no Vêneto, e eu me sinto muito conectado à terra de vocês.
Quando as doações serão entregues às famílias?
Levarei todo o dinheiro arrecadado pessoalmente em fevereiro para essas pessoas que, além de terem uma vida difícil por conta da diálise, perderam suas casas e todos os bens de necessidade básica. Nenhuma doação irá para a minha namorada. E quaisquer doações acima de 6 mil euros serão entregues ao centro de ajuda de Arroio do Meio, responsável pelo auxílio e distribuição de alimentos e medicamentos às pessoas desabrigadas.
(*) Entrevista feita com a intermediação de Aline Piazzini, namorada de Gabriele Momoli