Muitas vezes, o desafio da reportagem está no equilíbrio. Não se render ao furor social, conseguir interpretar os acontecimentos e trazer um relato o mais perto possível da verdade factual.
Esse prelúdio serve para explicar como se posicionar quanto às obras na BR-386. Ao longo dos últimos meses, presenciamos congestionamentos, atrasos, dificuldades e prejuízos devido às condições de tráfego da BR-386.
Uma situação que atinge o trabalhador, o passageiro de transporte público, o empresário. Indiferente da classe social, todos sofrem algum empecilho. Por outro lado, não existe obra viária sem algum transtorno.
Duas verdades. Nesta análise, outra certeza é a demora. O atraso do primeiro trecho de duplicação deveria ter sido entregue em julho passado. Quanto à ampliação entre Lajeado e Estrela, está ainda dentro do cronograma.
Ficaremos de olho. É para ser entregue em agosto. Com isso pronto, podemos afirmar que mais da metade dos problemas acabam.
Em tempo
A reportagem especial publicada ontem pelo A Hora detalhou os reflexos do atraso da obra à sociedade. O trabalho de Mateus Souza e deste escriba trouxe abordagens, mostrando diferentes impactos sociais e econômicos.
A coincidência foi que a produção estava em análise fazia semanas. A notícia esquentou justo no momento em que (de novo) operários da terceirizada responsável pela duplicação Marques/Lajeado cruzaram os braços devido a desacertos com a empresa.
Nossa expectativa enquanto profissionais do jornalismo é que esse conteúdo sirva de estímulo aos responsáveis pela gestão da BR-386 adotar estratégias e mitigar os transtornos às pessoas.
“O futuro a Deus pertence”
Os ditados populares são simples de entender. Resumem interações, sentimentos e acontecimentos inusitados da vida. No conceito de futuro expresso na frase título do tópico, a citação sem autor permeia diferentes ocasiões e também pode também ser entendida como sinônimo de destino.
Um pensamento até certo ponto complexo. Mas saber o futuro, ou o destino, mexe demais com o imaginário popular. Quando queremos antecipar algo, sempre aparece: “O futuro a Deus pertence.”
Mas agora, no pensamento científico, isso não existe. Projetar os próximos anos, as próximas décadas, ou séculos, passa por análises de dados reais, com projeções fidedignas e bastante confiáveis.
Costumo usar como exemplo o Relógio do Juízo Final. O símbolo criado por cientistas em 1947 tinha pesquisadores do Projeto Manhattan, responsáveis por desenvolver as primeiras armas nucleares durante a Segunda Grande Guerra.
A representação gráfica pretende mostrar o quão próxima está a humanidade de uma catástrofe global. Antes eram as ameaças nucleares, agora são as mudanças climáticas.
Drops higt tech
Vai um “docinho” aí?
Elon Musk gosta de LSD? O mercado global ficou em parafuso após reportagem do Wall Street Journal. A informação é que o bilionário é adepto de substâncias psicoativas ilícitas e que isso tem interferido nas suas decisões na gestão das empresas. Como resposta, o dono da Tesla, afirmou que os episódios citados em reuniões e conversas com funcionários foram ocasionados por privação de sono.
Avanço contra a covid
Parceria entre a Universidade de Duke (EUA) e a Universidade Nacional de Cingapura, desenvolveu um novo candidato a imunizante que parece ser mais eficaz do que a vacina contra a covid. Trata-se de uma aplicação nasal. A substância entra em contato com a mucosa e gera anticorpos ao vírus.