“Sempre quis ser médico”, conta Fernando Bertoglio

ENTREVISTA | O VALE EM PAUTA

“Sempre quis ser médico”, conta Fernando Bertoglio

Ginecologista e obstetra é o quinto entrevistado do quadro "Diálogos HBB", da Rádio A Hora

“Sempre quis ser médico”, conta Fernando Bertoglio
Ginecologista e obstetra Fernando Bertoglio (Foto: Isabel Cornelius)

O entrevistado desta semana do quadro “Diálogos HBB” é o ginecologista e obstetra Fernando Bertoglio, que fala sobre sua trajetória de mais de 30 anos na medicina.

Para o especialista, “um ser humano não nasce para ter uma profissão, temos várias habilidades. O que a vida nos propõe vai fazer a gente escolher”. Ele diz que não resta dúvidas sobre a decisão em seguir a carreira na medicina. “Meu pai era médico e a influência foi enorme, não resta dúvida. Desde que me lembro como gente, sempre quis ser médico, nunca quis ser outra coisa. Aos seis ou sete anos por aí, era a minha decisão. Como isso ia acontecer, não sabia”, relembra.

A paixão era de infância, lembra que tinha uma maletinha velha que era do pai que colocou um monte de material de médico dentro. “Maletinha essa que, quando me formei, nem lembrava que existia, empacotaram e me deram de presente. Então, nunca pensei em outra hipótese”.

De família de oito irmãos, uns seguiram também na mesma área, seus dois filhos são médicos, um é psiquiatra e a outra segue a paixão do pai, a ginecologia.

Infância

Natural de Porto Alegre, e aos cinco anos, mais ou menos, devido à família de muitos filhos, foram morar em Anta Gorda. Por lá, permaneceram durante cinco anos onde cursou até a 3ª série. O pai já exercia a medicina nesta época quando foi convidado para morar e trabalhar em Lajeado. Fernando estudou no Castelinho até a 4ª série, depois foi para o Alberto Torres até o 1º ano do ensino médio.

Foi fazer intercâmbio pelo Rotary nos Estados Unidos e lá terminou o ensino médio. Voltou e foi morar em POA. Estudou muito e fez vestibular para medicina passando na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URGS) em 1981 e se formou em 1986. Foi fazer especialização em ginecologia.

“Sempre quis estar associado à cirurgia. A ginecologia faz você ser um médico de família, por anos atende a mesma paciente”, descreve. Em 1989, voltou para Lajeado e iniciou a carreira atendendo em plantão, na emergência onde passou cerca de 20 anos. Optou por Lajeado pelo fato de a família estar próxima.

Parto normal ou cesárea

Bertoglio esclarece que essa é uma decisão pessoal, mas lembrando que a paciente precisa estar muito bem-informada e esclarecida de tudo que envolve o assunto. “No ponto de vista ético, não posso obrigar uma mulher a ter um parto normal ou cesariana, ela que precisa decidir isso”, reforça.

Ele conta que ao longo das três décadas de experiências e partos já realizados (que perdeu as contas de quantas crianças trouxe ao mundo), já presenciou diversas situações em que o pai na sala do parto trouxe segurança para a mulher e, em outros casos, pais passando mal durante o parto. “A presença do pai durante o parto também é uma decisão que precisa ser tomada pelo casal. Já teve situação do pai desmaiar e ter traumatismo craniano, outro convulsionar”, relata.

Modernização e crescimento do hospital Bruno Born

“Comecei a frequentar o hospital desde 1981, quando entrei na faculdade. Já era bom na época e a mudança, na última década, década e meia, foi radical. Mais de mil pessoas trabalhando todos os dias e a modernização, não só dos profissionais de saúde, mas de todo o conjunto de profissionais que atuam ali. E a tecnologia nem se fala”, garante.

Assista a entrevista na íntegra

 

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