Neste mundo de informações instantâneas e de respostas prontas, a criatividade humana perde espaço. Aos poucos esquecemos uma das habilidades mais complexas e fundamentais da humanidade, a arte de contar histórias. Nesta era da tecnologia, as soluções são pré-fabricadas. As narrativas se repetem e pouco se cria. Há um comprometimento das sinapses neurais, pois não existe esforço em raciocinar por si próprio. Contar histórias vai além do transmitir eventos passados, do entreter ou divertir. Trata-se de uma ferramenta poderosa para recriar cenários, propagar conhecimentos e transformar a realidade. Seja na narrativa oral ou pela literatura, cada história é uma jornada única, uma construção de significados que transcendem o tempo e o espaço. A criatividade, nesse contexto, surge como um elemento vital. A capacidade criar e recriar, intrínseca à arte de contar histórias, é um antídoto contra a uniformidade do pensamento e a aceitação passiva de narrativas pré-digeridas. Pergunto: quanto tempo dedica para contar histórias aos seus filhos? Vocês têm o hábito de lerem juntos? Ou, quem sabe, passar lado a lado, escrevendo, desenhando, sem compromisso, apenas para dar asas à imaginação? Talvez fortalecer a criatividade das crianças possamos torná-las em adultos mais felizes.
Onde há estímulo, existe leitura
Mais espaços públicos dedicados aos livros. Essa é uma receita. Tanto que os números da Biblioteca Pública de Lajeado, João Frederico Schaan, revelam um sucesso na retirada de obras em 2023. No decorrer do ano, foram 14,9 mil empréstimos, com mais de mil novos cadastros. Na lista de mais retirados, estão as obras infanto-juvenis. Agora nas férias é uma boa oportunidade para formarmos novos leitores. Cabe ressaltar: leitura é hábito. Comece com aquilo que lhe desperta interesse. Podem ser gibis, crônicas, artigos, revistas, jornais. Depois experimente a literatura.