Joalheria e Ótica Cover preserva legado familiar há 53 anos

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Joalheria e Ótica Cover preserva legado familiar há 53 anos

Desde 2020, loja administrada por Alexandra Cover atende em prédio histórico no centro

Joalheria e Ótica Cover preserva legado familiar há 53 anos
Alexandra trabalha na loja desde os 14 anos de idade (Foto: Rejane Bicca)
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Alexandra Cover, 51, guarda com carinho na memória a primeira venda que fez na Joalheria e Ótica Cover. “Eu tinha 14 anos quando comecei a trabalhar. Vendi uma joia para uma cliente de Putinga. Faz 37 anos e ainda hoje ela vem até a loja. É uma pessoa que marcou muito a minha vida”, conta a empresária, que segue o legado do pai, Seu Euclides Cover (in memoriam), à frente da empresa de 53 anos de história. “O bisavô veio da Itália e trouxe esse ofício para Encantado. O pai era ourives, fazia de tudo, consertava joias, relógios, óculos. Ele tinha muito talento. Aprendeu com o avô Antônio”, relata Alexandra, ao destacar que a profissão é tradicional na família, também seguida por tios e primos.

Alexandra nasceu em Muçum e desde a infância convive no ambiente da loja que abriu as portas em maio de 1970 em Encantado. “A mãe brincava que eu ainda usava fraldas e fugia de casa atrás do pai quando ele saía para trabalhar”, lembra. Ela concluiu o ensino médio no Colégio Scalabrini e cursou Administração de Empresas e Técnico em Óptica. Em 2005, com a perda do pai, assumiu a administração da Cover. “Foi uma época bem difícil. Até então eu cuidava das vendas, a gestão financeira era com ele. Ao mesmo tempo, sofremos um assalto, tivemos uma baixa considerável do estoque. Tive que reconstruir a empresa sem ajuda do pai, que sempre foi uma pessoa forte, uma presença bem marcante na minha vida. Graças a Deus consegui deixar tudo certinho, como ele me ensinou”, salienta.

Desde 2020, a Cover ocupa o prédio histórico da antiga Relojoaria Ceregatti, estrategicamente localizado na esquina das ruas Júlio de Castilhos e Padre Anchieta, no centro da cidade. “Sempre sonhei em ter uma loja moderna e bonita. Planejamos tudo e, no ano em que a empresa comemorou 50 anos, veio a pandemia. Não tinha como recuar. Fizemos a mudança de caixinha em caixinha, porque não tinha ninguém disponível para fazer. Ficamos um mês com as portas fechadas. Foi um sufoco, mas conseguimos deixar um espaço aconchegante para o cliente”, comenta.

Atualmente, a Cover conta com cinco colaboradores, entre eles, o Albino, contratado há 40 anos. A maioria dos clientes vem dos municípios da região alta do Vale. O portfólio de produtos conta com joias em ouro e prata, semijoias, relógios, linha ótica de solares e armações, além de peças de bazar, como cuias, bombas e facas. “As joias mais vendidas são os brincos e as pulseiras para crianças recém-nascidas”, diz Alexandra, feliz com a profissão que escolheu. “Quem quer empreender tem que gostar do que faz e não ouvir opiniões contrárias. Eu não faria outra coisa. Crises e problemas sempre vão ter, mas quando se faz com amor e dedicação, a tendência é dar certo”, observa.

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