Andamos em ritmo acelerado, e com frequência esquecemos o que de fato somos, de onde viemos, para onde estamos indo e o que realmente queremos, esquecemos os sonhos que nos motivam até a tão esperada linha de chegada. Apenas verdades: estamos sobrecarregados de tudo que a vida contemporânea nos impõe. Passamos os dias sem perceber as nossas experiências e as pessoas que vivem ao nosso lado. Não nos preocupamos com o que aconteceu durante o expediente porque desejamos o final, esquecemos do caminho, esquecemos do meio da manhã ou da tarde e, por isso, não aproveitamos os dias entre um pagamento e outro.
Poderia citar muitos vídeos motivacionais, muitos filósofos, diferentes livros e pensadores, para analisarmos a vida e o que fazemos com ela constantemente. Mas não é essa a intenção, na verdade há uma pergunta que podemos fazer todos os dias para que, talvez, seja possível passar um pouco pela vida e não deixar apenas que ela passe por nós:
“Como eu serei lembrado?”
Simples, fácil, rápida e objetiva, em menos de um segundo está dita. O difícil aqui é respondê-la mas, acalme o coração, não precisa responder. A resposta é única, é pessoal! Temos o poder de transformação constante, todos os dias podemos iniciar nosso presente de Deus, ou do universo, ou como preferir chamar, como uma nova oportunidade de retribuir aquilo de bom que temos. Seremos lembrados pelo que fizemos, pelo que deixamos, pela forma com que tocamos as pessoas ao nosso redor, pela nossa energia, pela forma com que fazemos o nosso ambiente vibrar com a nossa presença. Então a forma com que desejamos ser lembrados deve determinar a forma com que vivemos nossos dias, a forma com que lidamos com as pessoas ao nosso redor e a forma com que desempenhamos nossas atividades.
Basta pensar nas marcas que deixamos e nas marcas que deixam em nós. Todos passamos uns pelas vidas dos outros, uns vem e ficam, outros vão. Sendo boas ou nem tão boas assim, marcas sempre são deixadas. Tornam-se algumas vezes exemplos de como ser, ou de como não ser, dependendo da maneira como essa marca foi deixada.
Os egípcios acreditavam que se morre duas vezes: quando ocorre o óbito e quando nosso nome é pronunciado pela última vez. A reflexão causada pela pergunta pode fazer com que sua “segunda vida” seja mais extensa e, espero, lembrado de forma positiva.
A única certeza da vida é a máxima que todos conhecemos e nem preciso mencionar aqui, a pergunta do título pode determinar a forma com que levaremos nossos dias até que nossa hora chegue. Que saibamos aproveitar nossa existência e que tenhamos, segundo os egípcios, duas vidas longas, proveitosas e memoráveis!
Escrito em colaboração com Núbia Luana Oliveira