“O jogo te ajuda a reforçar muitas habilidades”

ABRE ASPAS

“O jogo te ajuda a reforçar muitas habilidades”

Estudante de psicologia e professor de música, João Vicente Weiand, 25, é um apaixonado por Yu-Gi-Oh, famoso jogo de cartas baseado em um mangá (quadrinho japonês). O interesse surgiu ainda na infância, quando começou a disputar as primeiras partidas. Em 2020, em meio à pandemia e já como um jogador em ascensão, se capacitou e passou a ser juiz, auxiliando outros competidores em torneios

“O jogo te ajuda a reforçar muitas habilidades”
Foto: arquivo pessoal
Vale do Taquari

Como você descobriu o jogo?

Eu, assim como 90% dos jogadores, descobri por meio do desenho animado. Quando tinha meus 6, 7 anos, passava na TV, em horário bom e era um fenômeno cultural. Foi a porta de entrada para muita gente. E eu tinha as cartas físicas também. Jogava casualmente com amigos, sem regras. Aquele jogo de chão de colégio mesmo. Parei e, em 2018, quando morava em São Paulo, passei a jogar de forma mais competitiva.

E a transição para juiz?

Foi em 2020. Tinha uma loja aqui de Lajeado que queria fazer parte das lojas oficiais do jogo, mas para isso precisava de um juiz vinculado. Fui atrás disso e fiz umas provas no site da Konami (produtora de games). Depois, fiz um outro teste pessoalmente, que era mais difícil, e me chamaram. Mas você só começa a apitar em eventos quando tu é mais conhecido. Meu primeiro, que foi um dos maiores que teve, era para competidores do Chile. Uma experiência muito boa.

Jogar e ser juiz de uma partida de Yu-Gi-Oh exige muito preparo?

O juiz é um jogador que, por um motivo ou outro, se interessou por regra e entrou nisso. Eu sempre gostei muito do jogo quando criança. Na época da pandemia, por ter mais tempo livre, caí numa comunidade online somente de juízes, por questão de amizades. Passei meses e meses tendo acesso às regras e interagindo com esses caras. Isso me deixou bem preparado. Fui atrás de mais informações para realmente aprender o jogo e apitar bem.

O que te faz gostar do jogo?

Eu me sentia muito feliz com os amigos que fiz, tanto em Sorocaba quanto em Porto Alegre, quando ia para jogar, bem como nos grupos de juízes. O aspecto da amizade é muito grande no jogo e, quando apitava em eventos, era bacana poder ajudar os outros, fazer um trabalho bem feito. Me preparei muito para estar ali. Então, essa questão de sempre estar envolvido com a comunidade é o que me fez levar tão a sério o jogo.

Jogar Yu-Gi-Oh trouxe aprendizados para o teu dia a dia?

Diria que o jogo ajuda a reforçar muitas habilidades. Embora inicialmente fosse algo para crianças, ele foi ficando mais complexo com o tempo, pois essas crianças cresceram e o jogo foi se adaptando. Envolve muita estratégia, raciocínio lógico e memória. É analisar as cartas que tem na mão, conhecer o deck (baralho) do oponente e pensar em várias estratégias para vencer. Isso exercita a lógica, o que é muito benéfico às pessoas.

Acompanhe
nossas
redes sociais