Na linguagem campeira, de Trompaço em Trompaço, significa que quando nos equilibramos, vem outro empurrão.
Em 2020, foi a malvada da Pandemia, que quando passou pensei: “Bueno, agora ficaremos bem!” Veio 2021, com um pouco de paz, mas com um mundo virado, pessoas se odiando por nada, a baderna pronta no Bolicho, e o dono do Bolicho anotando na caderneta tudo que devemos e botando na conta.
Chega 2022, a política vem desequilibrando a todos novamente e a gente no meio, se desviando dos trompaços pra não espalhar mais desavenças.
Então 2023, vem o ano dos fenômenos que nos atordoam a todos, pois, quem não teve complicações diretas ou indiretas com as Cheias do nosso Rio Taquari?
Este rio de minha infância e que gosto tanto, e que só queria mesmo passar e ir-se ao mar.
Morando no vale sempre estaremos de frente com o Rio, e pergunto: “Não somos inteligentes o suficientes pra que possamos viver em paz com este rio? Curando suas feridas, e assim nos curando também?”
Acho que a lição que estamos recebendo da natureza, não está sendo entendida pela humanidade.
Que tanta desavença, que tanto trompaço, não somos e nem seremos Deuses pra mudar tudo e achar que vamos ficar bem. Devemos acordar, e ter mais harmonia.
Paz e humildade é o que precisamos, pra ir em frente e assim acertar nossas contas no Bolicho do Patrão velho.