Empatia

Opinião

Ezequiel Neitzke

Ezequiel Neitzke

Jornalista

Coluna esportiva

Empatia

Vale do Taquari

O Rio Taquari deixou mais um rastro de destruição no fim de semana. Chegamos a quase 29m, muito próximo do que se viu em setembro. Porém nem isso impediu que o futebol ocorresse na Região. Tivemos bola rolando como se nada tivesse acontecido nas últimas horas. Uma falta de respeito e de empatia com todos os envolvidos.

Para se ter a dimensão do problema, às 10h do domingo, o fardamento do Serrano, um dos clubes que entraram em campo, estava sujo com lama. Para se chegar no local do jogo, atletas e torcedores tiveram que percorrer o interior de Encantado, Capitão e Arroio do Meio. Fora os que tiveram que deixar a limpeza da casa para outro momento para ir ao jogo, caso do treinador Remor Bagnara.

No domingo, me posicionei em minhas redes sociais. Fui criticado e debochado por alguns. Inclusive, para minha surpresa, uma pessoa respeitada no Vale, pediu onde eu estava no horário das partidas. Quando afirmei que trabalhei no confronto entre Serrano e Fluminense, me respondeu da seguinte maneira: “Achei que estivesse ajudando os atingidos da enchente.”

Bom, acredito que esse senhor não sabe que o rádio teve um papel importante na ajuda dessas pessoas atingidas pela cheia, mais uma vez. Sem energia elétrica e internet, o rádio de pilha foi o companheiro nessa missão de informar sobre o nível do rio e alertar para sair de casa. Ficamos mais de 30h no ar entre a madrugada de sexta para sábado e a tarde de domingo.

Conversei com várias pessoas no fim de semana e cada uma me apresentou um argumento diferente sobre a disputas das partidas, todos pensando no lado esportivo. Nenhum pensou no ser humano, mas como diz aquele ditado: “Travesseiro e consciência todo mundo tem, dorme quem consegue…”

Força a todos que perderam tudo novamente. Que possam se recuperar, voltar mais forte e o mais breve possível.

Bons presságios

No começo de novembro, Marcos Mallmann, o “Marcão” foi eleito o presidente do Lajeadense com a missão de dar continuidade ao trabalho feito nos últimos anos. Gostei do que vi e ouvi.

Já nessa semana, Alexandre Heissler, presidente da Alaf, apresentou um projeto para próxima temporada. Caso consiga tirar do papel, o clube voltará a um patamar que estava antes da pandemia.

Em ambos os casos, os torcedores necessitam ter calma que logo logo os times retornarão para primeira divisão e permanecerão por muitos anos.

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