Após a enchente que assolou Roca Sales no último final de semana, vídeos e fotos de muito material advindo de doações danificado pela cheia começaram a ser compartilhados pela internet. As imagens revelaram pias, fogões, colchões, móveis e roupeiros estocados em um pavilhão. Com a repercussão gerada, alguns moradores questionaram o motivo desses materiais não terem sido salvos e por qual razão não haviam sido distribuídos antes da água alcançar o local.
O prefeito Amilton Fontana esclareceu que o município recebeu aquelas doações poucos dias antes da enchente e estavam sem um local para armazenar. “Não tínhamos um local alto para guardar aquele material naquele momento. O pavilhão é de um empresário que o disponibilizou para o município. Conforme as doações chegavam, uma equipe da prefeitura distribuía semanalmente, não estava sendo guardado ou escondido”, enfatizou Fontana.
O prefeito admite que foi um erro não terem conseguido retirar o material antes do nível do rio subir, mas salienta que todos os esforços da prefeitura estavam concentrados em informar e retirar os moradores da área de risco de suas casas. “Salvar vidas era a prioridade, garantir que as famílias estivessem em segurança. Os bombeiros voluntários salvaram uma parte das doações. Vamos avaliar se todo material que pegou a cheia poderá ser utilizado de alguma forma, já que não foi muita água que entrou no pavilhão”, disse o prefeito.
O material ainda se encontra no mesmo local, próximo ao Centro Social Urbano. A água atingiu cerca de um metro dentro do pavilhão. Quanto a repercussão, o gestor não se surpreendeu. “O que mais tem é pessoas julgando, agora se você pedir uma ajuda ou auxílio para realmente fazer algo, ninguém aparece. Passamos duas noites sem dormir para garantir que todos fossem salvos, então é lamentável que tenham pessoas que se prestam a esse tipo de situação”, complementou Fontana.
Roupas em containers
Muçum enfrentou situação semelhante com um dos pontos de doações que foi atingido e que ocasionou na perda de roupas, principalmente. O prefeito Mateus Trojan publicou nas redes sociais um vídeo em que comenta o ocorrido. “A prioridade foi ajudar as pessoas, disponibilizar equipamentos e estrutura com isso em mente. Depois foi alimentação e tudo que era material novo”, ressaltou.
Trojan ressaltou também que fazem semanas que o município alerta para a quantidade de roupas doadas que a cidade tinha e a necessidade de despachar parte desse montante para outros lugares porque Muçum não tinha mais espaço para elas. “Não vai faltar roupa para ninguém. Polêmica vai existir, mas não houve maldade e não vamos parar enquanto não recuperarmos a nossa cidade”, concluiu o prefeito.
