CERTAJA Energia mostra como cooperativismo é fundamental para o desenvolvimento

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CERTAJA Energia mostra como cooperativismo é fundamental para o desenvolvimento

Criada em 1969, em Taquari, Cooperativa foi essencial para o crescimento econômico, social e até político dos municípios atendidos

CERTAJA Energia mostra como cooperativismo é fundamental para o desenvolvimento
O atual presidente da CERTAJA Energia, Renato Pereira Martins, ingressou na Cooperativa em 1973. (Foto: Eduardo Dorneles)

Empreendedorismo é comumente relacionado a iniciativas individuais. Porém, ações coletivas, como as mobilizadas por cooperativas, se mostraram essenciais no crescimento das comunidades do Vale do Taquari. E a CERTAJA Energia, sediada em Taquari, é um exemplo disso. Afinal, desde sua fundação, em 1969, a Cooperativa foi determinante para o desenvolvimento econômico, social e até político das áreas atendidas.

Essa jornada empreendedora nasceu a partir de uma iniciativa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que tinha um programa para levar energia para o homem do campo em função da evasão para as regiões urbanas. Na época, o presidente do Brasil era Artur da Costa e Silva, natural de Taquari. Ele convocou o então prefeito da cidade, João Carlos Voges Cunha, para lhe dar a responsabilidade de formar uma cooperativa. 

“A CERTAJA surgiu para suprir uma necessidade do homem do campo, enquanto atendia cerca de sete municípios. Depois, com o passar do tempo, ela foi crescendo, se expandiu e hoje atende 20 municípios”, analisa Renato Pereira Martins, presidente da Cooperativa.

O primeiro cooperado a receber energia foi Otávio Azevedo, no então Distrito de Paverama, hoje também emancipado. Na época, Azevedo realizava bailes, que eram iluminados por lampiões. As pessoas lá reunidas foram as primeiras a experimentar a energia elétrica.

Martins, que ingressou na CERTAJA Energia em 1973, lembra que a cooperativa tinha poucos cooperados cadastrados, cerca de 230 – algo inimaginável se comparado ao número atual de 27 mil titulares e mais de 100 mil usuários. Na época, diante do fracasso de outras cooperativas da região, havia uma suspeita quanto a eficiência do projeto. Para convencer os moradores, Martins e a equipe recorreram aos Freis Eugênio e Raimundo, do Seminário de Padres de Taquari, para auxiliá-los. 

“Frei Raimundo era um adepto das ideias cooperativistas e começou a ir conosco nas visitas às comunidades. Isso deu credibilidade para o projeto e fez as pessoas acreditarem na CERTAJA em função da presença do religioso”, lembra o presidente.

Depois de 54 anos de trabalho pela região, Martins tem certeza que a CERTAJA Energia foi uma mola propulsora para o desenvolvimento local. Um bom exemplo dessa contribuição passa pelas emancipações de Vale Verde, então distrito de General Câmara; Tabaí, que era parte da Taquari; e Barão do Triunfo, que integrava São Jerônimo. 

Hoje, a CERTAJA Energia ampliou seu escopo de atuação, com entrada no mercado livre de energia e até no abastecimento de carros elétricos, que estão próximos de serem lançados às margens da BR-386. Um exemplo de como o cooperativismo é parte fundamental no empreendedorismo do Vale do Taquari.

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