Estrelat ilustra como investir nas conexões é essencial na hora de empreender

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Estrelat ilustra como investir nas conexões é essencial na hora de empreender

Agroindústria fundada em 1971, em Estrela, ganhou impulso após virada estratégica e começar a produzir doce de leite sem conservantes

Estrelat ilustra como investir nas conexões é essencial na hora de empreender
Marca liderada por Roberto de Oliveira conquistou premiações pelo produto. (Foto: Andreia Rabaiolli)

O sucesso de um investimento pode ser medido pelo nível de conexões e a forma como elas são fortalecidas em feiras e eventos decisivos ao negócio. O empreendedor Roberto de Oliveira usou os relacionamentos em feiras para impulsionar a fábrica de doce de leite, Estrelat. A agroindústria foi criada em 1971, em Linha Santa Rita, em Estrela, pelos agricultores Pedro e Irma Lenhard, sogros de Roberto, com duas vacas leiteiras.

Em 1996, Roberto conheceu a esposa Eliana e abriu mão do curso de mecânica industrial para se juntar à granja. O jovem casal incrementou os serviços da família Lenhard, oferecendo à vizinhança leite em saquinho. “Nós nos casamos em 1997 e decidimos vender o produto de porta em porta”, lembra Roberto. 

Em 2007, o casal legalizou a agroindústria e começou a vender leite Tipo B, com menos volume de microrganismos. A fábrica cresceu e deu um passo estratégico em 2019, ao iniciar a produção do leite tipo A, ainda mais qualificado, limpo, embalado na própria propriedade. “Em 2020, tivemos a ideia de produzir doce de leite para driblar as baixas vendas da pandemia e inovamos outra vez”, conta.

Em 2021, Roberto e a família Lenhard lançaram, na Multifeira em Estrela, o doce de leite produzido com leite tipo A. Desde então, colecionam medalhas. Em 2023, o produto conquistou o prêmio Ouro na Expointer, sendo considerado o melhor doce de leite do Estado, e ficou entre os cem alimentos mais diferenciados do Brasil, pelo ranking do Sebrae.

O modo de fabricação artesanal do doce o torna diferente desde o início. As vacas são criadas com conforto animal, a sala de ordenha é higienizada o tempo todo e o doce, feito com  sete horas de cozimento. Esse processo artesanal  induz à memória afetiva. “A receita caseira conquista os paladares e lembra o jeito de fazer de nossas avós”, comenta Roberto. 

Devido ao sabor, às premiações e a presença constante nas feiras, o produto chegou a ser levado para a Arábia e outras partes do mundo. Roberto e a esposa participam de mais de cem eventos por ano, popularizando o doce de leite para clientes de todo o Estado. Os colaboradores do negócio familiar se dividem na participação das feiras. “A troca de informações nestes eventos é a grande lição de empreendedorismo. Você aprende com as experiências do vizinho de feira”, explica.

A fábrica produzia inicialmente 40 quilos de doces por mês e hoje vende 1,8 mil quilos a cada 30 dias. Para 2024, a marca planeja a construção de uma fábrica para o produto. “Continuamos produzindo leite tipo A, mas o doce virou o carro-chefe”, conclui Roberto, demonstrando que relacionamentos e persistência são ingredientes que premiam o empreendedor

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