Atendimento no posto do Olarias, em Lajeado, gera reclamações

SAÚDE

Atendimento no posto do Olarias, em Lajeado, gera reclamações

Unidade de saúde é responsável por serviços para pacientes de cinco bairros

Atendimento no posto do Olarias, em Lajeado, gera reclamações
População dos cinco bairros chega a 10 mil pessoas (Foto: Filipe Faleiro)
Lajeado

Filas, demora no atendimento e agendamentos descumpridos. Esses são alguns dos percalços relatados por pacientes atendidos no posto de saúde do Olarias. Além da sede, moradores do Centenário, Igrejinha, Imigrante e Planalto também tem a unidade como referência.

“Está sempre lotado. Vejo que as atendentes se esforçam bastante. Não é culpa delas, mas o posto está pequeno para tanta procura”, diz a aposentada Claudia Navascosquy, 71. Ao lado do marido, Deoclides, 74, faz o acompanhamento pelo SUS. “Lajeado cresceu muito. Os bairros têm muito mais moradores. Do atendimento eu não reclamo. Mas sim do tamanho para tanta gente”, diz ele.

“A gente vê aqueles postos grandes do bairro Montanha, ou do São Cristóvão, que tem tudo. Acho que aqui também poderíamos ter esse tipo de atendimento”, compara Claudia.

Na manhã de ontem, havia pacientes que chegaram antes das 8h e ainda não tinham conseguido ser atendidos até por volta das 11h. “Eu estou aqui desde antes de abrir. Só vim para atualizar minha receita de remédios. Tudo que preciso do posto é sempre difícil de conseguir”, critica Claci Lenhardt.

Diabética, afirma estar há quatro meses sem os remédios da farmácia básica. “Preciso comprar. Quero saber por que não me liberam a medicação gratuita, já que tem tantos outros que conseguem.”

Já a moradora do Centenário, Rosa Santos, levou o filho com seis meses para acompanhamento nutricional. Uma consulta estava agendada para essa segunda-feira. “Eu vim no posto e não tivemos atendimento. Tive de mudar meus horários de trabalho para conseguir trazer ele para nada.”

Dentro da unidade, todas as cadeiras ocupadas obriga com que os pacientes fiquem em pé e do lado de fora. O vereador Jones Barbosa (MDB), o Vavá, encaminhou um requerimento ao Ministério Público sobre o atendimento. No documento, cobra explicações da Secretaria Municipal de Saúde e da prestadora do serviço, a Univates.

Vereador cobra ampliação

Conforme o vereador, há reclamações sobre falta de funcionários. “Além de ser uma estrutura física pequena para uma população 10 mil moradores dos cinco bairros, se qualquer trabalhador ficar doente, não há reposição. O atendimento é precário. Não podemos aceitar isso.”

Nas informações levadas ao MP, inclusive afirma que uma agente de saúde havia sido deslocada para o atendimento ao público. “Isso é desvio de função. As agentes são pagas com verba federal e têm a missão de atuar direto com as pessoas.”

De acordo com Vavá, há cerca de dois anos foi destinado um recurso de quase R$ 300 mil, por emenda parlamentar ao município, para investir na ampliação da unidade.

Conforme o prefeito Marcelo Caumo, a questão do recurso agora é irrelevante. “Verbas temos. O que precisamos é viabilizar uma ampliação para que seja um centro de saúde como nos bairros Montanha, São Cristóvão ou do Centro”, ressalta.

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