“No agro não há mais tanta distinção  em ser homem ou mulher”

ABRE ASPAS

“No agro não há mais tanta distinção em ser homem ou mulher”

Luiza Giacomolli Polesi, 31, está entre as 100 mulheres doutoras mais influentes do agronegócio no Brasil, de acordo com a revista especializada Forbes. A publicação foi feita neste mês de outubro em alusão ao dia internacional da mulher rural. Natural de Relvado, atualmente ela atua como pesquisadora na área de biotecnologia vegetal no Centro de Tecnologia Canavieira, em Campinas (SP)

“No agro não há mais tanta distinção  em ser homem ou mulher”
Foto: arquivo pessoal
Vale do Taquari

Como recebeu a notícia de integrar a lista das 100 mulheres doutoras mais influentes do agronegócio Brasileiro?

Com muita alegria e surpresa, pois não era do meu conhecimento. Me sinto lisonjeada por representar tantas outras mulheres doutoras do agro no Brasil. Essa lista publicada na edição do dia 15 de outubro foi uma homenagem em que foram escolhidas 100 pessoas para representar muitas outras.

Como observa o espaço da mulher no agronegócio?

Vejo que, hoje em dia, as mulheres ganham cada vez mais espaço no mercado do agro e têm atuado fortemente neste setor, isso principalmente porque no agro não há mais tanta distinção entre ser homem ou mulher e sim pela capacidade. Então tem um reconhecimento maior que talvez antigamente não existia e isso tem fortalecido a participação feminina no agro.

Quais os motivos que fizeram você escolher esta profissão?

Sempre me identifiquei muito com biologia e queria cursar algo que tivesse ligação. Além disso, a biotecnologia era vista como uma das profissões do futuro à época, algo que fez meu interesse aumentar ainda mais.

Quando saiu do Vale do Taquari e como foi sua trajetória?

Sou natural de Relvado e saí de lá com 17 anos quando iniciei minha graduação em engenharia de Bioprocesso e Biotecnologia no polo de Bento Gonçalves da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Tive a oportunidade de fazer um intercâmbio neste período nos Estados Unidos por 18 meses. Concluí o curso e decidi fazer mestrado e doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina, ambos sobre recursos genéticos vegetais com ênfase em Fisiologia do Metabolismo e Desenvolvimento.

A quais projetos tem se dedicado atualmente?

Em junho deste ano eu me transferi para o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) para trabalhar com a cana-de-açúcar. Atuo como pesquisadora na área de biotecnologia vegetal, em um projeto de pesquisa que visa produzir uma semente sintética de cana-de-açucar. Trata-se de um projeto inovador e que vai trazer muitos benefícios para os canaviais brasileiros.

Como é sua ligação atualmente com o Vale do Taquari?

Meus pais ainda moram no Vale do Taquari, na cidade de Relvado. Além dos conhecidos na região, sempre que posso vou visitar eles como em datas comemorativas ou feriados prolongados.

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