Em meio às críticas sobre a ausência de um plano mais robusto para prevenção às enchentes, o governo do RS busca implementar um sistema de alerta sonoro nas cidades suscetíveis às inundações. Para isso, abriu tratativas com uma empresa de Minas Gerais, especializada em monitoramento de catástrofes.
A reunião virtual contou com a participação da secretária estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, do prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura, André Bücker. Eles buscaram aproximação com a Televale a partir de um contato feito durante o Prêmio Nacional de Inovação, ocorrido em São Paulo.
Uma das possibilidades é de implementar um sistema integrado entre as cidades que fazem parte de uma mesma bacia hidrográfica. Houve interesse do Estado no trabalho da empresa, que deve elaborar apresentar nos próximos dias um estudo mais completo, com detalhamento orçamentário para implantação.
“Eles vão apresentar a proposta de serviços ao Estado. Num primeiro momento, ficamos em standy by e aguardar a definição, pois serão tratativas com a Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). Ali vão definir de que forma podem ser contratados e também os valores necessários para o investimento”, comenta Bücker.
A implantação do sistema de alerta sonoro é uma das medidas planejadas para melhorar o enfrentamento às cheias. Na semana passada, o governador Eduardo Leite, durante passagem por Lajeado, anunciou a formação de um grupo de trabalho para qualificar as informações para mitigar os riscos de danos. “O modelo atual de alertas em casos de catástrofes passará por uma revisão profunda”, prometeu.
Referência na área
Com 30 anos de mercado, a Televale tem sede em Uberaba (MG) e se tornou especializada em soluções tecnológicas para proteger e salvar vidas. O sistema de alerta de emergência para barragens fez com que a empresa chegasse na final do Prêmio Nacional de Inovação, na categoria “Inovação de Produto”.
O sistema de alerta foi desenvolvido com o objetivo de evacuar a população em caso de rompimento de barragens, após os acidentes ocorridos nos municípios mineiros de Mariana (2015) e Brumadinho (2019). Segundo dados da empresa, a tecnologia hoje abrange uma população de 300 mil pessoas.