Em alta na região, Tartan une entusiasmo à inovação

O MEU NEGÓCIO

Em alta na região, Tartan une entusiasmo à inovação

Escritório de arquitetura e urbanismo aberto em 2007 se tornou referência na cidade, com trabalhos para a Univates e a Lyall. Diretores comentam sobre trajetórias e a expansão do negócio

Em alta na região, Tartan une entusiasmo à inovação
Diretores da Tartan falam sobre importância da divisão de atendimento para uma melhor gestão de clientes (Foto: Deivid Trip)

O contato com obras desde a juventude auxiliou na escolha profissional de Camila Mirapalhete e Rodrigo Bergonsi. Diretores da Tartan Arquitetura e Urbanismo, escritório crescente na região, comentam sobre experiência no mercado de trabalho, relacionamento com cliente e a importância de ter um olhar aguçado quando se trata de projetos.

Os arquitetos foram os con- vidados desta segunda-feira, 9, de “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. Apaixonados pela arquitetura, explicam que o foco da empresa são projetos de arquitetura, urbanismo e interiores para os setores residenciais, comerciais, institucionais, corporativos e públicos.

Fundadora do escritório, Camila, desde que entrou na faculdade, sempre quis ter o próprio negócio. Formada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), estagiou em empresas de Lajeado e Estrela. Ela explica que fez um curso no exterior também, período que morou fora, e, quando voltou, foi contratada por um dos antigos escritórios que trabalhou.

“Abri a Tartan em 2007, dois anos depois do meu retorno. Esperei esse tempo para, além de estar mais confiante, ter a capacidade técnica ideal, conhecimento e rede de contatos, que são essenciais na hora de empreender”, destaca.

Bergonsi teve a vivência em construções desde cedo. “Meu pai trabalhou em obras grandes, como a construção do Porto de Estrela. Acompanhava ele toda vez. Por isso, sempre soube que ia seguir na área”. Também formado pela Unisc, trabalhou até oito meses após a formatura na Ferros Castro Lajeado. Em 2012, então, iniciou na Tartan.

Hoje, o escritório de arquitetura conta com 12 profissionais. Desses, cinco são arquitetos, dos quais três assumem a liderança: Camila Mirapalhete e Rodrigo Bergonsi e Bruna Franz. A empresa, segundo os diretores, valoriza o entusiasmo, inovação e integridade das pessoas que ali trabalham.

Entrevista

“Um bom arquiteto tem que entender de tudo um pouco, não só de arquitetura”

Rogério Wink: Qual a simbologia da palavra Tartan?

Camila Mirapalhete: Tartan é um tecido ou padronagem, na qual linhas de espessuras diferentes se cruzam Desse transpasse, se formam novas cores, que podem ser percebidas como o traçado ortogonal de uma cidade,
ou, ainda, de uma troca de ideias.

Wink: Como era o cenário quando o negócio iniciou?

Camila: Começamos, eu e uma outra sócia, no Centro, mas, desde o primeiro momento, já era possível ver que teríamos que mudar de lugar. A logística do local era a principal queixa. Depois de um tempo mudamos para o São Cristóvão, onde estamos até hoje. Essa primeira experiência foi fundamental para que eu conseguisse desenhar como eu queria que a empresa funcionasse dali para frente na questão de ambiente, equipe, localização e como as pessoas chegavam a Tartan. Hoje, atendemos empresas importantes na região, como a Univates, na construção da biblioteca, e a Lyall.

Wink: Como gerenciam o atendimento?

Rodrigo Bergonsi: Dividimos as especialidades de cada um. A Camila é responsável pelo acolhimento, primeiro atendimento e o desenvolvimento do projeto arquitetônico. Já, no meu caso, sou responsável pelas visitas semanais nas obras e no auxílio com a documentação e projeto executivo. Passo todo o período de obras acompanhando o cliente. Sabemos como esse movimento é importante para o cliente, ele não gosta de se sentir deixado de lado. Temos, ainda, a Bruna, arquiteta especialista em interiores, responsável pelo projeto posterior. Dentro dessa divisão, cada um tem a sua equipe.

Wink: Tem diferença no atendimento de empresas e pessoas que querem construir casa?

Camila: Sim. A linguagem com empresários é muito mais direta, eles têm um valor x para investir, já sabem quanto rende e quanto tem que ser ganho para valer o investimento. Na questão dos projetos, geralmente já temos uma noção do que será feito, são poucas as empresas que aceitam as ideias mais diferentes. Por outro lado, quando se trata de uma casa, é uma conversa muito mais subjetiva. Para apresentar um projeto mostrando que aquela é a melhor casa precisamos fazer as perguntas certas. Nosso objetivo é apresentar o melhor resultado
sempre.

Wink: Vocês lidam com inteligência artificial?

Bergonsi: Estamos muito atentos à evolução dessas tecnologias. Existem inúmeras ferramentas disponíveis para auxiliar no processo. O arquiteto precisa estar a par disso tudo e usar ao seu favor. Mas, acima de tudo, ele precisa saber que a inteligência artificial não vai substituir o atendimento presencial, o contato e acompanhamento.

Acompanhe
nossas
redes sociais