Os alagamentos causados em área próxima da BR-386 já somam mais de R$ 25 mil de prejuízos para a Construtora Giovanella. Agora, quando chove de forma torrencial, os funcionários se mobilizam para retirar os carros da garagem e subir equipamentos. A água que corre da pista entra no pátio, e já alcançou um metro dentro da sala do almoxarifado.
“Não fico mais sossegado. Quando começa a chover, fico com medo. Temos que ficar espertos e, se preciso, tirar os carros do local”, conta o auxiliar de engenharia, Jean Black. A frota da construtora chega a 200 veículos. No primeiro alagamento, que pegou os funcionários de surpresa em maio, a empresa teve dois carros novos danificados. O motor do portão também precisou ser trocado.
Black está há cinco anos no trabalho e conta que nunca tinha visto o pátio ficar tão alagado. Segundo ele, essa situação passou a ser recorrente com a obra de duplicação da BR-386. Acredita que a tubulação é insuficiente para escoar grandes volumes de água, o que gerou problemas na pista também. “Já teve dias em que cheguei para trabalhar e encontrei pilhas de placas de carros perdidas na estrada”, lembra.
Outros empresários da área também manifestam preocupação. O Restaurante Luigi já teve a cozinha e o estacionamento invadidos pela água e pelo barro.
CCR e governo municipal
O temor é que o problema não se resolva com a conclusão da obra. A CCR ViaSul afirma que já foi feito o aumento de diâmetro da tubulação e demais aprimoramentos na drenagem, o que deve resolver o problema dos alagamentos ou acúmulo de água na pista. A concessionária atenta que as mudanças são feitas na rodovia, sem responsabilidade direta nas vias municipais neste momento.
Após a conclusão da obra, a administração municipal fará a avaliação para determinar se é necessária a canalização de bueiros ou galerias.
“Na administração anterior, trocamos a tubulação de um metro por uma de um metro e meio. A partir das obras, a concessionária trocou por galerias e também abriu a contenção que existia no Olarias, o que fez com que a água de lá chegasse ao bairro Montanha”, detalha o secretário de obras e serviços urbanos, Fabiano Bergmann.