Caso de racismo mancha rodada do Regional Aslivata

Futebol amador

Caso de racismo mancha rodada do Regional Aslivata

Episódio aconteceu neste domingo, em Marques de Souza, no confronto entre Brasil e Estudiantes

Caso de racismo mancha rodada do Regional Aslivata
Zagueiro do Estudiantes, Teco foi agredido verbalmente em partida pelo Regional Aslivata - foto: Jonathan Rocha
Vale do Taquari

O retorno do futebol amador no Vale do Taquari não foi como muitos esperavam. Um caso de racismo foi registrado no jogo entre Brasil e Estudiantes, em Marques de Souza, válido pela quinta rodada do Regional Aslivata.

Aos 30 minutos do segundo tempo, o zagueiro do Estudiantes, Cláudio Guimarães Rosa, o “Teco”, foi substituído por lesão na panturrilha. No momento em que era atendido, em frente à torcida do EC Brasil, aconteceu o gol dos donos da casa e o jogador foi hostilizado.

“Estava alongando de cabeça baixa. Nem olhava para torcida para não arrumar confusão. Aí eles fazem o gol e o primeiro torcedor atira cerveja na minha cabeça. Eu olhei para ele, estava a três metros de distância e ele me atirou mais um copo de cerveja. Agora na minha na cara, e berrou, toma o preto sujo, e um segundo me chamou de nego sujo”, conta.

Teco enfatiza que foi a situação mais humilhante que já presenciou. “Fiquei totalmente impotente, de mãos atadas, pois não dá para responder, não dá para pular a tela e brigar. É algo repugnante. É um sentimento de raiva, nojo e tristeza.”

O atleta relata que fez um boletim de ocorrência de forma virtual e que vai levar a situação adiante. “Se não continuar, as coisas vão ficar quietas, como aconteceu em outra rodada do Regional.”

Presidente contesta versão

Tiago Rother, presidente do Brasil contesta versão dita pelo atleta. Cita que estava em campo como dirigente e próximo do lance. Admite que foi atirado cerveja em Teco, porém descarta que houve agressões verbais. “Situação foi na minha frente, ele passou em frente a torcida e começou a discutir com algumas pessoas. Eu que tirei ele de lá. Abracei e disse: ‘vem comigo, vamos sair daqui’. Eu não ouvi nada. Se ele disse que ouviu, está no direito dele. Estava com ele abraçado e momento algum eu ouvi algo. Se tivesse visto ou ouvido, seria o primeiro a mandar o torcedor embora e colaboraria com a situação”, relata.

Aslivata desconhece assunto

Presidente da Aslivata, Vianei Hammes desconhece sobre o assunto. “Não tem relatório em súmula de nenhum jogo sobre racismo. Ninguém comentou nada para mim.”

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