Um levantamento preliminar realizado pela Secretaria de Planejamento revelou a condenação de 245 imóveis em Arroio do Meio. A maioria desses imóveis está localizada nos bairros Navegantes e Tiradentes. Os números foram compilados com a ajuda de voluntários da Univates e Unisinos, bem como do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RS).
Além disso, outros 900 imóveis foram afetados e inundados durante a recente cheia que atingiu a região. O secretário de Planejamento, Carlos Rafael Black, enfatiza que o levantamento e as vistorias ainda não foram concluídos, o que impede o fechamento dos dados. No entanto, o relatório preliminar destaca a magnitude das perdas enfrentadas pelas famílias de Arroio do Meio.
Para atender às necessidades emergenciais, o governo municipal lançou o programa de Aluguel Social, oferecendo auxílio financeiro que varia de R$ 400 a R$ 800 para as famílias afetadas pela enchente. O período do incentivo é de seis meses e pode ser prorrogado em até dois anos, conforme necessidade. Até o momento, aproximadamente 125 famílias já protocolaram seus requerimentos para receber esse benefício.
Em colaboração com o governo estadual e federal, está sendo buscada uma solução definitiva para o problema habitacional. Isso inclui a encomenda de um novo estudo para avaliar cotas e a suspensão de projetos que seriam construídos abaixo dos 36 metros (cota atual). Além disso, a secretaria aguarda a aprovação do Estado e do governo federal para adquirir lotes sociais e construir moradias definitivas.
Uma outra possibilidade em discussão é a construção de 40 moradias provisórias de 18 metros quadrados em parceria com o estado e o Sinduscon-RS. Durante a semana, houve especulações de áreas no bairro Novo Horizonte.
Para acomodar temporariamente as famílias desalojadas, o governo trabalha em conjunto com empresas locais para adquirir 25 contêineres de 15 metros quadrados cada um, equipados com cozinha, banheiro e quarto. A fabricação dos espaços é realizada por uma empresa de Mato Leitão.
Desalojados
A Defesa Civil estima que cerca de 84 pessoas permanecem desalojadas, com aproximadamente 20 delas alojadas no ginásio do Sete de Setembro, no bairro São Caetano. O restante está em barracas montadas pelo Exército na quadra da Escola Construindo o Saber e em outras dependências, como o imóvel do Abrigo de Menores (AMAM). A alimentação para essas famílias é fornecida pelo município.