Marcio da Silva, 37, é um dos moradores que deixou sua residência devido à enchente. Sua casa no bairro Navegantes, em Arroio do Meio, foi invadida pela água. No dia 7 de setembro, decidiu construir uma barraca improvisada no campo ao lado da escola local.
Estruturas improvisadas como esta podem ser vistas em diversas cidades da região. Silva relata que a barraca foi uma solução emergencial, criada após a água baixar e permitir a limpeza das ruas, terrenos e casas danificadas.
Alguns itens essenciais, como madeira, cama e fogões, foram doados por voluntários que passaram pela cidade. Ele conta com a ajuda de amigos e familiares para realizar suas tarefas diárias e para se alimentar e tomar banho.
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Um relatório da Secretaria de Planejamento de Arroio do Meio indica que pelo menos 245 imóveis estão atualmente inabitáveis, e outros 900 foram atingidos e inundados pela cheia. Como medida emergencial, o governo estadual lançou um programa de Aluguel Social, que oferece um auxílio de até R$ 800 aos afetados pela enchente. Até o momento, aproximadamente 125 famílias já protocolaram seus requerimentos para receber esse benefício.
Cerca de 20 pessoas continuam alojadas no ginásio do Sete de Setembro, no bairro São Caetano. O governo, em parceria com empresas locais, toma medidas para adquirir 25 contêineres de 15 metros quadrados cada um, equipados com cozinha, banheiro e quarto, para abrigar temporariamente essas famílias. As estruturas devem chegar em 20 dias. Além disso, outras áreas são analisadas em conjunto com o governo federal e estadual para a construção de moradias provisórias.