Na semana em que uma comitiva do governo federal esteve no Vale do Taquari para reuniões técnicas sobre o auxílio as pessoas atingidas pela enchente, prefeitos e demais gestores públicos de Encantado, Roca Sales e Muçum focam as agendas no tema habitação. Os desafios são encontrar soluções rápidas para moradias provisórias e avançar nas decisões sobre construção de estruturas definitivas.
Em Encantado, os bombeiros não aprovaram o projeto inicial para instalação de divisórias nan em um dos pavilhões do Parque João Batista Marchese. Com isso, o governo estuda alternativas para melhoras as condições imediatamente para as famílias que estão no parque e na EMEI Navegantes. “Recebemos pedidos de documentos do Governo Federal para avançar na liberação de área para um condomínio de 100 casas e os terrenos para erguer edifícios em locais não alagáveis no bairro Navegantes”, explica o prefeito Jonas Calvi.
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Na quarta-feira, 27 os vereadores de Encantado aprovaram o aluguel social de até R$ 800, por seis meses. O auxílio é voltado para quem residia em casa que foi destruída (própria ou alugada) e com renda de até quatro salários mínimos no grupo familiar. São cerca de 100 famílias desabrigadas, um total de quase 300 pessoas.
Projeto de aluguel social em Muçum
Nos próximos dias Muçum espera concluir o relatório de famílias que não poderão voltar para suas casas. Conforme o prefeito Mateus Trojan, o levantamento vai definir o número de casas a serem feitas. Na próxima semana, será enviado para Câmara de Vereadores um projeto de aluguel social, com limite de R$ 800 por família. Do total, R$ 500 serão repassados pelo Estado e complementado pelo município. “Temos uma área própria no Loteamento Jardim Cidade Alta para construir moradias. Esperamos que o aluguel social diminua essa demanda”, analisa.
Atualmente 100 famílias seguem fora de suas casas em Muçum. Uma parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) vai permitir a reconstrução de casas no interior.
Em Roca Sales, a administração municipal definiu duas áreas no loteamento Sete de Setembro e uma na Linha 21 de Abril para construção de moradias. Os terrenos precisam ser desapropriados, tratativas que estão em andamento pelo poder público.
Outro desafio para o governo de Amilton Fontana está no interior, onde propriedades foram severamente afetadas. Em especial, nas localidades de Campinhos, Violanda, Picão, Pinheirinho e Moriggi. O número definitivo de pessoas desabrigadas ainda não foi apurado.