A Av. Alberto Pasqualini é uma das principais artérias viárias de Lajeado. E não recebe a devida atenção por parte do governo municipal, das entidades representativas e da própria imprensa. Estamos falhando de forma coletiva e deixando os motoristas, ciclistas e especialmente os pedestres à mercê da sorte em diversos trechos e momentos. Falta um planejamento amplo e estratégico para devolver segurança para a mais importante via de ligação entre o lado de cá e o lado de lá da BR-386. Sim, eu sei que os usuários da avenida também precisam respeitar limites e regras básicas de trânsito, e muitos acidentes seriam absolutamente evitáveis se o respeito prosperasse. Mas essa falta de conscientização também precisa ser construída de forma coletiva. Assim como a cobrança por novas estruturas – passarelas em pontos com seis faixas, por exemplo –, melhor sinalização, mais iluminação, e por alternativas seguras e ágeis para os necessários retornos.
Um “Fundo Regional”
Um grupo de agentes públicos envolvidos na reconstrução do Vale do Taquari debate sobre a consolidação de um “fundo regional” para mitigar os efeitos e danos das catástrofes naturais. Seja por meio de investimentos em prevenção, ou pela necessária atenção de urgência aos atingidos. A proposta ainda é embrionária. Ainda não há detalhes sobre a forma – ou formas – de alimentar o possível fundo, por exemplo. Mas a intenção é debater soluções e levar a ideia para os prefeitos e governo estadual, os principais responsáveis pela reorganização da Defesa Civil Regional.
Expovale e/ou Construmóbil
A Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) confirmou a segunda edição conjunta da Expovale/Construmóbil. Ou seja, agora teremos uma oportunidade mais clara para mensurar os prós e contra da inusitada união dessas marcas já consolidadas no calendário de eventos do Rio Grande do Sul. Afinal, a pandemia foi a principal razão para a primeira edição conjunta das feiras. Não foi uma decisão espontânea da comissão organizadora. No fim, muitos gostaram da experiência. Outros tantos, não. Desta vez, a Acil anuncia a edição conjunta de 2024 com antecipação, em um cenário sanitário bem distinto, e com novos desafios econômicos e sociais pela frente. Se a decisão é acertada, só o tempo dirá. Mas é uma decisão espontânea. E isso tende a ser uma vantagem.
Agenda negativa (e constante) em Teutônia
A câmara de Teutônia tem qualidade e legitimidade. Mas insiste em criar agendas negativas ao legislativo – o que sempre gera riscos à imagem da pujante cidade. Além das recentes polêmicas sobre o financiamento de pavimentações (rejeitado em plenário) e a possível cassação de Claudiomir de Souza (UB), a maioria dos vereadores – da situação e oposição – decidiu rejeitar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Um fato inédito na cidade. E tudo porque uma ala de parlamentares pediu – e o governo aceitou – 7% do orçamento público para uso do parlamento em 2024, o ano eleitoral. É um valor exorbitante se comparado aos gastos médios anuais da câmara – em 2022, eles utilizaram 1,61% do orçamento municipal. Pois bem. Com a rejeição da LDO, o plenário gerou uma bagunça injustificável na administração pública. E agora os procuradores jurídicos e os contadores da prefeitura vão ter de “quebrar a cabeça” para utilizar, em 2024, as novas emendas e demais verbas vinculadas ao projeto de orçamento que não será votado.
Tiro curto
• O retorno do pedágio no trecho da ERS-129 em Encantado ocorreu sem muito alarde (estava suspenso desde a histórica enchente). A informação chegou para a imprensa por meio de fontes extraoficiais. A impressão é que a EGR não queria muitos holofotes sobre o fato.
• Hoje, a partir das 18h30min, o Vibee Unimed vai ser sede do Mesa Pro_Move. A proposta é “ser um espaço de diálogo e de construção de novos horizontes da Inovação aqui no nosso ecossistema”. E o grupo precisa discutir sobre a catástrofe e os novos – e velhos – desafios.
• Em tempo, o evento também vai servir para os agentes acompanharem a transmissão ao vivo do Prêmio Nacional de Inovação. E o Pro_Move Lajeado está outra vez entre os finalistas.
• “Recupera Muçum” na região alta. “Renasce Estrela” na região baixa. Os governos municipais apostam na criação de novas agendas para devolver confiança e esperança aos moradores. E acertam na dose inicial.
• As informações climáticas para as próximas horas não são muito animadoras. E é preocupante lembrar que os sistemas de monitoramento e alerta regionais ainda são os mesmos do início de setembro. Portanto, estejamos sempre alerta!
Sai ou fica?
Secretária de Desenvolvimento e Sustentabilidade (Sedis) de Estrela, Carine Schwingel entregou a carta de demissão ao prefeito, Elmar Schneider (MDB). E isso já não é novidade. Resta saber quando a atual presidente municipal do partido União Brasil vai efetivamente deixar o estratégico cargo. Para este colunista, ela afirmou que deixaria o posto a partir do dia 1º de outubro. Ou seja, esta seria a última semana dela à frente da pasta. Há quem ainda acredite na sua permanência. Mas não tem mais volta. Carine deixa o governo estrelense e deve apostar na candidatura a prefeita. “Preciso me dedicar para formar partido e nominata a vereador. Ano que vem é eleitoral. É um tempo de dedicação necessário”, afirma. De forma interina, a secretaria deve ser repassada para o comando do atual Coordenador de Trabalho da Sedis, Daniel da Silva.