Jornada da Velas Imigrante mostra o potencial do mercado religioso

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Jornada da Velas Imigrante mostra o potencial do mercado religioso

De vendedor desempregado a fabricante de velas para todo o Brasil, Cleibler Jair Mattuella consolidou o negócio após um incêndio e uma virada estratégica

Jornada da Velas Imigrante mostra o potencial do mercado religioso
Cleibler reergueu o negócio após um incêndio em 2019 e hoje vende velas para todo o Brasil. (Foto: Andréia Rabaiolli)

No âmbito empresarial, a resiliência é o valor essencial para o crescimento de uma empresa. Desde que esteve desempregado, em 2005, Cleibler Jair Mattuella entendeu que empreender é uma atividade repleta de  desafios. Foi com esse espírito que fundou em 2006 a Velas Imigrante. 

Diante do cenário desafiador de estar fora do mercado de trabalho, Cleibler começou a fazer velas artesanais para reduzir o estresse. Em 2006, viu a demanda crescer na cidade de Imigrante e concluiu que era uma janela de oportunidade. “As pessoas me perguntavam sobre velas religiosas. Pesquisei  sobre  setor e entendi que valeria a pena investir”, recorda.

Iniciou a fabricação de velas no porão da casa em Imigrante, um espaço com 20 metros quadrados. “Consegui R$ 20 mil em empréstimos do sogro e iniciei a produção”, lembra. 

Na mesma época, a esposa Andrea engravidou. Logo, Cleibler se viu com uma família para cuidar e um negócio para tocar. Enquanto Andrea embalava o bebê e vigiava a fábrica, Cleibler vendia os produtos pela região. Logo a fábrica de Velas Imigrante foi transferida para instalações de 60 metros quadrados no ano de 2009. O produto era aceito no mercado por causa da durabilidade. “Nossa vela queima do início ao fim. E nossa vela sete dias, permanece realmente acesa esse tempo”, lembra Cleibler.

Em 2019, um incêndio destruiu a fábrica. As chamas altas e a fumaça intensa foram vistas de várias partes do município. Contudo, Cleibler reconstruiu e incrementou o projeto, anexando uma loja para receber turistas e excursões.  “Os turistas verificam o processo de fabricação enquanto compram nos produtos”, ressalta o empreendedor.

A fabricação artesanal é feita por  seis integrantes da família. Entre eles, está o bisavô de Andrea, de 94 anos, que é o empacotador oficial da fábrica. As velas são produzidas dentro de variados moldes de silicone e alumínio, voltados para atender comunidades religiosas, bazares e mercados de todo o país. 

No início do negócio, há 17 anos, a fábrica vendia 300 quilos de velas por mês. Após o incêndio e com a instalação do site para as vendas on-line, Cleibler e a família comercializam 4 toneladas de velas ao mês. Há clientes da Bahia, Mato Grosso e Espírito Santo. No Rio Grande do Sul, uma equipe de vendedores negocia diretamente nos pontos de vendas. 

Os pedidos feitos pelo  e-commerce são entregues em sete dias. “Noventa por cento das velas são destinadas às casas religiosas. O segredo do empreendedor é a persistência. Dizem que o céu é o limite, mas esquecem que o homem foi até a lua”, lembra Cleibler, mostrando que é preciso ter coragem para empreender e assumir riscos para não deixar o medo paralisar o negócio.

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