Recentemente, fiz nesta coluna um artigo sobre a importância do Vale do Taquari para o Rio Grande do Sul. Em 2021, para se ter uma ideia, as 18 cooperativas da região (dos mais diversos ramos da economia, tais como, Agropecuária, Crédito, Saúde, Transporte e Infraestrutura) juntas foram responsáveis pelo faturamento de R$ 6,5 bilhões – o que representou mais de 1% do PIB do estado naquele período.
Em palavras mais claras, é com muito orgulho que digo que o Vale – lugar onde eu moro – se tornou sinônimo de oportunidade de trabalho digno e remunerado, de qualidade de vida boa e um lugar de prosperidade.
Entretanto, nesta última semana, a passagem de um ciclone extratropical deixou um rastro de destruição na região. Dos 40 municípios que compõem a área, 13 cidades foram atingidas pelas chuvas fortes e, consequentemente, pelas enchentes provocadas pelo fenômeno natural. Ao todo, o prejuízo foi de mais de R$ 1 bilhão ao estado.
O prejuízo financeiro, contudo, não se compara com a dor de perder alguém próximo. De acordo com o mais recente boletim divulgado pela Defesa Civil, o número de vítimas chega a 48 pessoas. Na minha cidade de Lajeado, por exemplo, 3 pessoas faleceram devido às enchentes.
Para piorar ainda mais o cenário, cerca de 25 mil famílias que moram no Vale se viram obrigadas a abandonar as suas casas e agora vivem na incerteza se um dia poderão reconstruí-las.
O Vale do Taquari pede socorro e, mais do que nunca, é a hora de mostrarmos o nosso amor comunitário e ajudar – da maneira que for possível – as pessoas atingidas pelas enchentes.
Eu particularmente estou mobilizado e trabalhando em conjunto com as empresas do Grupo Scapini e com parceiros da região, como por exemplo, o prefeito Marcelo Caumo de Lajeado, e entidades do setor de transporte, como a Fetransul e o Setcergs, para colaborar com o que puder.
Nesse momento, o setor do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), como um todo, deve agir. O Vale necessita de um plano de logística alinhado com uma frota de caminhões capacitadas para entregar mantimentos básicos às famílias atingidas pelo ciclone. O que é justamente a essência do nosso setor. Somos os únicos capazes de entregar de porta em porta e pelo Brasil inteiro o que as pessoas mais precisam.
Nós que fazemos parte do TRC temos um papel social a desempenhar. Mas, acima de tudo, tenho certeza de que nós, como povo gaúcho, iremos unir as nossas forças para fazer o que for possível para socorrer nossos conterrâneos.
Qualquer tipo de doação ou ação já significa muito para as famílias atingidas pelo ciclone e por meio do site ou Instagram do Setcergs você encontra os endereços dos vários postos de arrecadação para os desabrigados. Vamos juntos ajudar o nosso Vale do Taquari a se reerguer dessa tragédia.
“O prejuízo financeiro, contudo, não se compara com a dor de perder alguém próximo”