Turismo do Vale precisa perseverar

Opinião

Fábio Kuhn

Fábio Kuhn

Idealizador do 365 Vezes no Vale

Coluna sobre Turismo

Turismo do Vale precisa perseverar

Vale do Taquari

Diante da destruição de bens básicos como casas e comércio, sem contar a trágica perda de vidas, obviamente os estragos nos pontos turísticos em função da enchente ficaram em segundo plano. Porém, importante frisar: os prejuízos são enormes.

Nos últimos três dias, o 365 vezes no vale acompanhou com tristeza como ficaram alguns destinos após a fúria do rio Taquari. O mais marcante foi a destruição registrada no Parque da Lagoa, em Estrela.

A rampa de acesso às águas, o trecho calçado com pedras e o charmoso balanço para fotografias não existem mais. O que restou foi um amontoado de concreto, postes caídos e o chão de terra batido.

Construído para incentivar o turismo náutico em Estrela, o Parque da Lagoa representava uma transformação para aquele ponto da cidade antes chamado de “Buraco dos Cachorros”. Inclusive, faz parte de um grande projeto de interligação da orla estrelense com uma trilha ecológica até a Escadaria de Estrela.

O que será dessa importante iniciativa turística é uma incógnita.

Outra cidade com perda significativa foi Muçum. Além de ter lares, indústria e estabelecimentos comerciais devastados, a cidade viu a Ponte Rodoferroviária Brochado da Rocha perder parte de sua estrutura.

Todo o trecho rodoviário que interligava Muçum e Roca Sales foi levado pela correnteza. Graças a Deus, a imponente ligação com seus longos arcos e o trilho de trem permanecem de pé.

Essa estrutura inaugurada em 1963 tem uma importância histórica para Muçum. Graças a ela a cidade é conhecida como a Princesa das Pontes.

O 365 vezes no vale esteve em outros pontos como o Parque Náutico de Roca Sales e as praças sempre bem ajardinadas de Colinas. O lodo tomava conta desses locais durante a semana em cenários que lembram filmes trágicos.

Obviamente, o foco agora deve ser abrigar as famílias que perderam tudo, auxiliar as lojas e fábricas devastadas. Mas que não percamos nosso olhar ao turismo. Esse também é um setor capaz de ajudar o Vale do Taquari neste momento de reconstrução.

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