O cacto simboliza resistência e adaptação, qualidades vitais para um negócio sobreviver e ganhar força no mercado. O empreendedor Kurt Ingo Horst, nome à frente do Cactário Horst, sabe do poder da adaptação e, como as plantas, elaborou um modelo de negócio diferenciado para o cactário criado em 1962, por seu pai, Leopoldo Horst.
Na época, as estufas eram de madeira simples. As plantas cultivadas por Leopoldo estavam em um espaço de mil metros quadrados, em Imigrante. Segundo Ingo, o pai viajava para a Europa, palestrando sobre as espécies e formas. “Naquela época, os cactos não despertavam interesse no Brasil”, lembra.
Durante esse período, ele estudava em um internato, fora do Vale do Taquari, e quando voltou, seis anos depois, decidiu que gostaria de aprender mais sobre as plantas. Em 1979, aos 19 anos, ele e o pai viajaram 25 mil quilômetros para percorrer o Nordeste, garimpar espécies e levá-las para Imigrante.
Leopoldo faleceu em 1988 e não conheceu o novo cactário, construído na década de 1990 em um espaço de 15 mil metros quadrados. Ingo herdou do pai a paixão pelas formas de cactos e impulsionou o negócio cultivando suculentas, ampliando estufas e diversificando a produção. “Palestrei na Europa e percebi que o mercado estava promissor e não tardaria a despertar interesse no Brasil”, salienta ele.
Com o tempo, as plantas despertaram o interesse de colecionadores, o cactário virou ponto turístico e atraiu floriculturistas da região, caravanas do Brasil e até excursões da Argentina. Quanto a Ingo, ele tem certeza que faz o que ama. “Sou apaixonado por cactos desde a juventude”, sorri.
Nos anos 2000, Ingo conheceu a esposa, Dannyela Torres, em uma expedição a Pernambuco e, desde então, divide com ela a administração do negócio. Ingo cultiva e Dannyela cuida da loja, que conta com 1, 8 mil espécies de plantas. O zelo ao cultivar e a própria beleza do local, transformaram o local no maior cactário da América Latina
Ingo conta com uma coleção particular de cactos, distribuídos em um espaço de mil metros quadrados. São plantas invendáveis que levaram dezenas de anos para amadurecer. A equipe do cactário desenvolve todo o processo, desde o cultivo de sementes, semeadura, substrato e venda final. Em um sábado, pelo menos cinco excursões visitam o local.
Em 2020, o cactário criou o site. “Impulsionamos as vendas em pelo menos 20%”, explica o empreendedor. O projeto liderado por Ingo evidencia que as empresas podem escapar do padrão tradicional de modelo comercial e, quando bem conduzidas, destacar-se de maneira notável, indo além das fronteiras do Vale do Taquari.
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