Implantação de uma rede cicloviária, criação de vagas de estacionamento rotativo, maior acessibilidade em calçadas e melhorias em segurança viária. Alguns dos pontos que vão nortear o planejamento de Taquari pelos próximos anos, a partir da elaboração de um plano de mobilidade urbana, que deve ser entregue à câmara de vereadores em até 30 dias.
O projeto vai se basear em estudos, conduzidos pela empresa Via 11, de Santa Catarina. Resultados foram apresentados em audiência pública à comunidade na quarta-feira, 30. Foram oito meses de trabalhos até a consolidação dos dados. Quase 500 pessoas foram entrevistadas ao longo do processo.
Conforme o secretário de Planejamento de Taquari, Henrique Labres, resta apenas a apresentação da análise final sobre o transporte coletivo urbano. A partir disso, o município faz os encaminhamentos necessários para torná-lo em projeto de lei. Com a posterior aprovação no Legislativo, inicia também a busca por recursos para executar os investimentos necessários.
“Tivemos uma resposta muito boa da comunidade na participação da pesquisa. E percebemos alguns anseios bem nítidos, como a questão das ciclovias e o estacionamento rotativo. São diversos pontos que foram solicitados. É um plano que vai nortear a questão da mobilidade para o município no futuro”, observa.
Uso da bicicleta
Carente de espaços adequados aos ciclistas, Taquari planeja a implementação de uma ampla rede cicloviária. Isso porque há a percepção de cada vez mais pessoas transitam com bicicletas na cidade, seja para lazer ou como meio de locomoção ao trabalho. Segundo Labres, foram mapeados os principais pontos onde existe a necessidade de intervenções.
“Olhamos os pontos, os locais desde a entrada da cidade, para que possamos fazer essa malha cicloviária. Foi montado um projeto e a ideia é começar por ruas centrais. Vamos priorizar aqueles trechos que são mais demandados pela população, executando aos poucos”, destaca.
Volta do rotativo
No passado, Taquari já contou com o sistema de estacionamento rotativo. Porém, o projeto foi descontinuado. Agora, moradores sentem a necessidade, por conta da dificuldade para encontrar vagas nas principais ruas da cidade. “O estudo sugere essa volta”, aponta Labres.
A proposta da empresa é que seja implantado em cinco fases, entre a rua Albino Pinto, entre a Escola Barão de Ibicuí até o Supermercado Ávila, e na rua 7 de Setembro, até a Cônego Cordeiro (Praça da Matriz).
O preço sugerido é de R$ 1,50 por hora, com no máximo duas horas, o que, segundo o estudo, tornaria viável à empresa que realizar o serviço de cobrança, e não seria oneroso aos usuários. O sistema de cobrança não seria implantado na rua General Osório.
Outros pontos
Conforme os dados apresentados pelo engenheiro da Via 11, Paulo Roberto Vieira, Taquari tem 20 quilômetros de vias sem pavimento, cinco quilômetros de ruas sem paralelepípedo e 10 quilômetros de asfalto a serem recuperados.
A falta de acessibilidade foi outro ponto abordado, pela falta de padronização dos passeios, com calçadas estreitas e algumas tomadas pelo mato. Ainda, foram abordadas questões sobre sinalização de segurança e indicativa da cidade.
