Funerária Mazzarino completa 50 anos de atividades

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Funerária Mazzarino completa 50 anos de atividades

Empresa criada por Talis Mazzarino hoje é administrada pelo filho Ramon

Funerária Mazzarino completa 50 anos de atividades
Quando jovem, Ramon aceitou a proposta do pai de trabalhar ao seu lado na funerária (Foto: Diogo Fedrizzi)
Encantado

O empresário Ramon Mazzarino, 49, dá continuidade na administração da Funerária Mazzarino, empresa criada pelo pai Talis há 50 anos. “Quando completei 20 anos, ele me perguntou: ‘tu não enjoou de trabalhar para os outros, não quer trabalhar para ti’?”, lembra Ramon, que antes de assumir as funções na funerária foi funcionário na Fontana SA, na fábrica de móveis Dalla Lasta, no setor de bilheteria da rodoviária, na Covasa e numa fábrica de calçados. “Quando o pai me fez a proposta, não gostei da ideia, mas depois peguei amor pela profissão”, admite.

Desde criança, ele se acostumou a circular pelos ambientes da empresa e, por várias vezes, acompanhou o pai em velórios. “Sempre fui muito emotivo, e quando comecei a trabalhar, o pai criou uma casca em mim. Ele dizia: ‘tu está trabalhando, tem que ajudar a família do falecido, se chorar não vai ajudar'”. Uma vez por semana, Ramon faz terapia. “Tem situações que a gente não consegue segurar, principalmente, quando é criança ou alguém mais próximo. Mas com ou sem emoção tem que ser profissional acima de tudo”, diz, ao mesmo tempo que revela preocupação com questões éticas. “Evito ao máximo visitar pessoas no hospital para não pensarem que estou lá ‘rodeando’ ou querendo serviço”, comenta.

Antes de começar com a funerária, em setembro de 1973, o pai de Ramon trabalhou em várias áreas. Tális foi mecânico de caminhão na Ford de Encantado, teve lavanderia em Lajeado, mercearia em Curitiba-PR, serraria em Ponta Grossa-PR e foi ecônomo do antigo Clube Recreativo. “Quando o pai decidiu abrir a funerária não tinha um pinto para dar água. Os falecidos Adroaldo Conzatti e Leonel Sangalli ajudaram ele financeiramente”, reconhece.

Ramon nasceu em Encantado e, desde o tempo do avô, a família mora no mesmo endereço, na esquina das ruas Tiradentes e Flores da Cunha, onde fica a sede da funerária. “No terreno próximo, onde hoje está a casa do pai, antigamente funcionava a funerária, construída de barro e tijolo à vista”, diz o empresário, que quando criança divertia-se com os amigos jogando taco, bolinha de gude e andando de bicicleta. Ele estudou nos colégios Farrapos e Scalabrini e chegou a cursar Técnico em Enfermagem e Administração na Univates, mas não concluiu.

A Mazzarino procura acompanhar a evolução do mercado funerário, sempre visando trazer mais conforto e tranquilidade para os familiares. Ramon conta que no início, quando o pai abriu as portas, o atendimento era no formato de loja, em que as famílias compravam a roupa, as flores e o caixão e levavam para casa para preparar o velório. Não havia carro fúnebre, por exemplo. Hoje, a Mazzarino presta serviço completo, desde a preparação do corpo, organização do velório até o encaminhamento para sepultamento ou cremação. “Há 10 anos montamos um laboratório de tanatopraxia. Se for preciso, preparamos o corpo para ficar conservado até seis dias”, acrescenta Ramon, que faz questão de agradecer a todas as pessoas que contribuíram para a trajetória de cinco décadas da empresa.

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