Taquari oferece o Hospital São José à Univates

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Taquari oferece o Hospital São José à Univates

Prefeito de Taquari, André Britto (PDT) visitou o campus da Universidade do Vale do Taquari (Univates) na manhã de ontem. Além de conhecer ainda mais a estrutura da instituição de ensino superior, o gestor conversou com representantes da Fuvates e lançou uma instigante – e ainda incipiente – proposta. Em resumo, o chefe do Executivo da cidade mais antiga da região ofereceu a estrutura do Hospital São José para a Univates efetivar um projeto piloto de “gestão hospitalar”, e administrar o espaço em parceria com a Associação Taquariense de Saúde (ATS), a mantenedora atual da casa de saúde. Britto estava acompanhado do Secretário Municipal de Saúde, José Harry, e afirma que o poder público garante os aportes necessários aos futuros “reequilíbrios financeiros”. A proposta é incipiente, reforço, mas está em análise. E o prefeito vai aguardar um posicionamento.

Mais de R$ 1,3 bi em orçamentos para 2024

Com o avançar dos meses, os Executivos precisam debater a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para definir receitas e despesas ao próximo ano. E, nos últimos dias, as principais cidades do Vale do Taquari apresentaram os planos iniciais para o exercício de 2024. E o montante impressiona. Conforme as propostas apresentadas em audiências públicas ou debatidas nos bastidores, a região já contabiliza mais de R$ 1,3 bilhão para arrecadar e gastar a partir de janeiro. Em Lajeado, por exemplo, a estimativa é de R$ 585 milhões; em Estrela, a LDO aponta para uma arrecadação de R$ 192 milhões; em Teutônia, foram projetados R$ 198 milhões; em Encantado, R$ 144 milhões; em Arroio do Meio, R$ 129 milhões; e, por fim, cerca de R$ 100 milhões em Taquari – o Executivo taquariense vai pedir mais 15 dias de prazo para reavaliar gastos e reeditar a LDO. Ou seja, é dinheiro suficiente para não atrasar o nosso desenvolvimento.

Prefeitos buscam inspirações na Colômbia

Prefeito de Vespasiano Correa e presidente da Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat), Tiago Michelon (PL) está em Cali, na Colômbia. Ele participa de uma missão política e institucional ao país sul-americano ao lado de um grupo de 28 gestores públicos. Entre eles, os prefeitos de Guaporé, Valdir Fabris (PDT), e Dois Lajeados, Tiago Grando (MDB). A organização é da Universidade de Caxias do Sul (UCS), em parceria com a Amat, a Amesne e a Ampla. Mobilidade urbana, segurança pública, intervenções urbanas, turismo e inovação estão na pauta da viagem pelas universidades, prefeituras e parlamentos de Cali, Bogotá e Cartagena das Índias.

A pressa e a travessa

A briga pública entre o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo (PP), e o superintendente regional do Daer, Fabiano de Oliveira, ainda vai render pano pra manga. De um lado, um governo municipal com pressa para incorporar o valioso imóvel da sede administrativa do Daer, localizado no coração da cidade. Do outro lado, um servidor da autarquia estadual que mora no mesmo imóvel e já realizou, desde o início do inusitado tramite, diversos movimentos para tentar frear a negociação. É ansiedade para todos os gostos. Em meio a tudo isso, e além do constrangedor atraso nas obras de ampliação da ERS-130 – uma das contrapartidas para a incorporação do imóvel –, surgem novos e necessários argumentos. O último é a pressa para ampliar a pista da Travessa Schmidt, na lateral do valioso terreno. A via é a principal ligação entre a Rua João Abott e a Av. Benjamin Constant.

PSDB com ou sem Dal Cin?

O PSDB de Lajeado confirmou o nome de Carlos Reckziegel para presidir a sigla em âmbito local. Com isso, o partido estará sob a gerência do atual Secretário de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) durante o ano eleitoral, e isso visivelmente desagrada o vereador Márcio Dal Cin (PSDB), um dos principais agentes da sigla. O parlamentar tentou construir uma chapa adversária para conquistar a direção. Mas não foi possível. Aliás, ele sequer aparece na foto oficial da convenção municipal realizada na noite de segunda-feira. Diante da visível rusga entre os tucanos, cabe uma decisão crucial ao novo presidente: insistir em uma reaproximação, ou abrir de vez a porteira para Dal Cin buscar apoio em uma nova sigla. Em tempo, também fazem parte da nova comissão executiva a vice-presidente, Paula Thomas; a secretária, Talita Fracalossi; o tesoureiro, Sérgio Feldens; a vice-secretária, Patrícia Heberle; o vice-tesoureiro, João Peixoto; e o jurídico, Cassiano Black.

Diárias e retaliações

A câmara de Encantado enfim alterou a regra sobre as diárias. A partir de agora, será preciso respeitar um teto menor e os parlamentares só recebem o que efetivamente gastam. Nada mais justo – desde que ninguém invente gastos à toa, é claro. Mas, como não há o que não haja no setor público, e também como uma forma de retaliação à mudança moral no plenário, o mesmo parlamento poderá criar uma inusitada regra: cada vereador precisa cumprir ao menos quatro horas diárias de serviços presenciais na sede do Legislativo, com o uso de cartão ponto. É uma bobagem. Afinal, há formas muito mais assertivas para medir a relevância de um parlamentar. A bem da verdade, é uma forma pueril de jogar para a torcida e prejudicar os parlamentares que felizmente possuem emprego fixo e não vivem só da política. Por óbvio, eles não poderão cumprir a vingativa norma. Será uma punição àqueles que ousaram moralizar o uso dos recursos públicos.

TIRO CURTO

– O parlamento de Estrela recebeu o projeto que denomina de “Trilha do Fritz” a plataforma de 480 metros instalada às margens do Rio Taquari, entre o Parque da Lagoa e a Escadaria. A proposta é do governo municipal e busca homenagear o saudoso cidadão Friedrich Wilhelm Seyboth.
– A notícia sobre uma eventual aproximação entre MDB e PT em Arroio do Meio é mal-vista por alguns membros do PL. Ou seja, e para alguns correligionários arroio-meenses, a proximidade com o partido do presidente Lula ainda é uma espécie de “repelente político”.
– Em Teutônia, e pela primeira vez na história, o Legislativo solicitou o limite máximo de 7% sobre a Receita Realizada no
Exercício Anterior (RREA). Com isso, o parlamento deve trabalhar com cerca de R$ 7,5 milhões em 2024. Ou seja, e conforme os gastos históricos, vai sobrar bastante recursos para “devolver” à comunidade e propagandear uma falsa economia – em 2022, por exemplo, o custo da câmara foi de R$ 1,8 milhão. Aguardemos!

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