O índice de infestação do mosquito transmissor da dengue no município atingiu 6,4%, considerado de alto risco pelo Ministério da Saúde. O dado foi informado pela 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), responsável pela análise do material coletado entre os dias 14 e 18 de agosto. Este é o terceiro Levantamento de Índice Rápido de Aedes Aegypti (LIRAa) do ano, cerca de 250 residências, em 16 bairros, foram visitadas pelos agentes de endemias.
O resultado possibilita alinhar estratégias a longo prazo por parte da secretaria de Saúde, Meio Ambiente e Assistência Social com foco no verão, período de maior incidência da doença. Para a titular da pasta, Karoline Crippa, o resultado coloca a municipalidade em alerta. “O risco existe e pode haver circulação viral. O pedido dos agentes durante as vistorias e o nosso enquanto prefeitura, é sobre a conscientização da população. É uma situação em que todos temos responsabilidade e precisamos contribuir para prevenir, manter baixos os índices de infestação, justamente para quando chegar à época de maior proliferação não termos casos positivos e óbitos”, destaca.
Todos os bairros apresentaram alto risco da doença. Os agentes verificaram que a maior frequência dos criadouros contendo larvas do mosquito Aedes Aegypti consiste em depósitos como: tonéis e caixas d’água, piscinas sem tratamento adequado e acúmulo de inservíveis e lixo nos pátios.
Luta de todos
Mesmo com o período de frio, o trabalho dos agentes não pararam. Diariamente ocorrem as varreduras nas casas e a cada 15 dias em pontos estratégicos, como cemitérios, borracharias e ferro velho. Eles aplicam Fluodora quando a análise é positiva nos locais. “Solicitamos que os moradores nos recebam, para que façamos a revisão dos pátios e orientação”, comenta a agente Michele Zandonotto. Ela e outros sete profissionais analisam caixas d’água, tanques, piscinas, floreiras, brinquedos e outros objetos que permitam o acúmulo de água e possa se tornar um criadouro do mosquito.
Os ovos podem ficar até 500 dias em ambiente seco antes de eclodirem, o que só ocorre em contato com a água. Michele destaca que são ações simples e diárias que fazem a diferença, como: escovar caixas d’água, tanques, piscinas, floreiras, bebedouros e a parte interna de qualquer objeto que acumule água, descartar garrafas, latas, bandejas e se encontrar recipiente já com larvas, derramar a água na terra ou na grama para matá-las (as larvas não sobrevivem fora d’água). Utilizar repelente na pele também é indicado.