Bratti e Vanzeta, amigos de infância lideram o Bocatto Lanches

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Bratti e Vanzeta, amigos de infância lideram o Bocatto Lanches

Uma dos pontos mais tradicionais de Encantado chega aos 30 anos de história

Bratti e Vanzeta, amigos de infância lideram o Bocatto Lanches
Vanzeta, 53, e Bratti, 54, abriram o Bocatto Lanches em 1992 (Foto: Diogo Fedrizzi)
Encantado

“São dois loucos”. “Não vai dar certo”. “O ponto é morto”. Eram algumas das frases que os amigos Evandro João Bratti, 54, e César Paulo Vanzeta, 53, ouviam quando decidiram se tornar sócios e abrir o Bocatto Lanches há 30 anos. Na época, eles trabalhavam no restaurante Italian’s, em Soledade, e aproveitaram a oportunidade para alugar um trailer que estava “caindo aos pedaços” na rua Padre Anchieta, no mesmo endereço onde hoje funciona a lancheria, próximo à Igreja Matriz de Encantado. “Iniciamos o atendimento no dia 2 de novembro de 1992, dia de finados. Até isso foi coincidência!”, brinca Bratti, que passou a infância na Linha Lambari e começou a trabalhar com 11 anos, no turno inverso da escola, na limpeza de uma marcenaria que ficava perto de casa. Depois, ainda foi “estafeta” na Caixa e funcionário da Luft Comércio, Agricultura e Pecuária.

Vanzeta nasceu em Muçum, mas a família logo se mudou para Encantado. O pai foi vendedor na antiga Coopave, no Moinho Brasil e na Dália. Quando retornou do quartel, ele se mudou para Soledade para trabalhar no Italian’s e convidou o amigo Bratti, que também já havia se liberado do serviço militar. “Permanecemos quatro anos como funcionários do restaurante, mas eu sempre tinha a ideia de ter o próprio negócio”, confessa Vanzeta.

As dificuldades do início foram superadas com muita coragem, dedicação e trabalho. Durante um período, chegaram a se revezar como servente de pedreiro do sogro de Vanzeta para conseguir bancar as despesas, até que o movimento de clientes começou a se intensificar. As namoradas da época, hoje esposas, auxiliavam nos afazeres, assim como alguns familiares. “Conhecíamos muitas pessoas. Amigos nossos organizavam grupos nas empresas e vinham até a lancheria. Pegamos uma época boa da Lupus (boate), que trazia muita gente de fora. Os jogadores de futebol também tinham o hábito de se reunir aos sábados à tarde”, lembra Bratti, ao mesmo tempo em que revela que o nome Bocatto foi sugestão do amigo José Brandão, o Zequinha, ao chamar atenção para um adesivo colado no antigo trailer com os dizeres “Ticket Bocatto”.

Com o passar dos anos, a dupla comprou o terreno para se livrar do aluguel e construiu um espaço de alvenaria no lugar do trailer. “Sempre prezamos pela qualidade no atendimento, cerveja gelada e lanche no capricho. Os próprios clientes nos davam ideias de como aperfeiçoar o cardápio”, acrescenta Vanzeta, que cita o Xis Salada e o Xis Filé como campeões de venda, embora prefira deixar em segredo a receita da maionese, um dos patrimônios da casa. “É o Bratti que inventou, não sei como é”, despista.

Hoje, a marca Bocatto está presente em quatro casas, duas em Encantado (Bocatto e Bocattinho) e duas na Univates, em Lajeado (uma lancheria e um restaurante). “Só temos a agradecer aos nossos familiares, funcionários e clientes por essa trajetória. Tudo o que temos, conquistamos aqui”, diz Bratti. “Sempre tive na cabeça que ia dar certo. Estou muito satisfeito com tudo e pretendo trabalhar até que der, só sei fazer isso”, completa Vanzeta.

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