A unidade de Encantado do Curtume Aimoré será leiloada na quarta-feira, 23. A área compreende 40,4 mil metros quadrados, com cinco pavimentos que somam 15 mil metros quadrados. O lance inicial é de R$ 12,45 milhões, e o mínimo é de R$ 6,2 milhões.
Hoje, o empreendimento permanece ativo na cidade onde foi fundada, em Arroio do Meio. Em outubro, a empresa comemora 77 anos. Funcionário da empresa há mais de 30 anos, o assessor de exportação Geraldo Fensterseifer lembra de quando a unidade de Encantado funcionava, até 2012.
Conforme ele, um dos motivos do encerramento dos trabalhos no local foi a crise financeira americana da época, que impactou a industrialização e exportação do couro. “O lugar até foi alugado por um pessoal de Roca Sales, também para um curtume. Mas não deu muito certo. Até hoje a planta industrial está em plenas condições para ser utilizada, mas ninguém consegue”, comenta. Para Fensterseifer, o local, que fica na entrada da cidade, poderia ser utilizado para fins turísticos.
Organização
De forma presencial, o leilão ocorre no edifício Diamond Tower em Lajeado, rua Benjamin Constant, 980. Online, o processo será por meio do site da Scheid Leiloeiro. O lance inicial está em R$ 12,45 milhões, e o lance mínimo é R$ 6,2 milhões.
A venda se dá pelo maior lance. O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 20% do seu valor. Se ele não pagar dentro de 24 horas o preço da arrematação, perderá, em benefício da execução, o referido sinal, voltando à praça os bens executados.
Propriedades da Monibel arrematadas
Dois terrenos no bairro Olarias e seis imóveis no bairro São Cristóvão da empresa Monibel foram arrematados no dia 10 de agosto. O processo serviu para quitar as dívidas que a empresa tem com os funcionários há quase 15 anos. Quando faliu, em 2008, o débito era estimado em R$ 1,6 milhões.
O arremate foi feito na segunda rodada do leilão, que ocorreu pela primeira vez em julho. A venda de todos os bens ocorreu por 50% do valor de avaliação, estimado em R$ 9,5 milhões.
Sem resolução
O estádio do Lajeadense é um exemplo de propriedade que foi a leilão, mas ainda não foi arrematado. “É difícil conseguir alguém que queira comprar um espaço como aquele. Não lembro de algum clube que tenha tido êxito com isso. Anuncio o clube há tempo e nunca temos interessados”, conta o leiloeiro da Scheid Leilões, Luciano Scheid. O leilão é motivado por um processo trabalhista movido por um atleta e que já transitou em julgado.
Outro caso que também permanece sem resolução é o antigo prédio dos Correios, em Lajeado. Em 2022, o imóvel foi a leilão três vezes. A construção fica na rua Marechal Deodoro, no número 256. No último certame, em abril do ano passado, o valor mínimo para venda era de R$ 1,4 milhões. O valor chegou a ser de R$ 1,6 milhões.