Poucos bairros de Lajeado têm tanta força econômica quanto o Moinhos. Afinal, nele estão situadas as três empresas com maior Valor Adicionado Fiscal (VAF) em 2022. Juntas, BRF, Docile e Minuano empregam quase 5 mil pessoas, o equivalente a uma cidade pequena da região. Isso reflete diretamente na rotina local. Muitos industriários escolhem o bairro para residir. Entre eles, diversos imigrantes, que buscam qualidade de vida digna e emprego. Senegaleses, haitianos e venezuelanos, por exemplo, dão cara nova a uma das localidades mais antigas do município. É um caldeirão multicultural interessante que se forma em uma Lajeado que busca se tornar mais plural e diversificada.
Melancolia
É triste passar pela avenida Sete de Setembro e olhar para o Hotel Weiand, hoje em estado de abandono. Antes uma referência para a cidade e palco de muitos eventos, inclusive regionais e estaduais, o antigo empreendimento fechou as portas em 2020. Desde então, a bela edificação sofre com a ação do tempo e a vegetação alta toma conta do terreno. É um clima de melancolia que em nada combina com a história daquele local. Quem sabe, no futuro, se tenha uma destinação à altura daquilo que já foi um ícone do segmento de hospedagem no interior.
Agora vai?
O novo prédio da Escola Carlos Fett Filho está entre as demandas mais aguardadas pela comunidade local. Afinal, não pode uma instituição de ensino estadual esperar 14 anos por um espaço adequado aos seus alunos. Muito menos serem obrigados a utilizar instalações alugadas de um CTG para ter acesso a banheiro e refeitório. Uma falha grave do poder público estadual. Ao menos, tudo indica que a construção sairá do papel ainda este ano. A empresa responsável deve iniciar os trabalhos em agosto. Aguardamos!
Preferencial da discórdia
Há nove anos, uma mudança no cruzamento da Irmão Emílio Conrado com a Pedro Kolling causou polêmica entre os motoristas. A preferência, que antes era de quem seguia pela primeira rua, passou a ser pela segunda. A medida tomada pelo Executivo, no entanto, nunca agradou totalmente a comunidade. Neste ano, após sucessivos acidentes de trânsito, o governo municipal até admitiu rever a regra e inverter a preferencial. Mas decidiu manter como está. E, por enquanto, o reforço na sinalização parece ter dado conta da imprudência. Que siga assim.
ANTES E DEPOIS
DAS RUAS
– Caminhar pelas ruas de Lajeado é um desafio diário. Uma caixinha de surpresas. Qualquer deslize e você pode parar no chão. Ou até no hospital. As más condições das calçadas e a falta de acessibilidade de muitos trechos em nada condizem com uma cidade que ostenta diversos indicadores socioeconômicos positivos.
– O Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (Emau) e a Associação Marinês se mobilizam em prol de uma sede à Associação de Moradores do Bairro Santo Antônio. Um grupo de voluntários foi criado para pensar o espaço. A ideia é que o local abrigue também os projetos sociais desenvolvidos na localidade.
– Custear obras públicas de impacto à comunidade. Este é o objetivo do governo de Lajeado, a partir da venda da valiosa área do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). E um dos investimentos defendidos é a construção de uma nova Escola de Educação Infantil (Emei) no bairro Conservas. A obra supriria uma carência local.
– A propósito, o Daer vai contar com uma nova sede na cidade a partir de setembro. As obras do novo espaço da superintendência regional estão quase prontas. A edificação ficará próxima às margens da ERS-130, no bairro Campestre. Mas, por conta do matagal existente no local, o prédio passa despercebido por quem trafega na rodovia. E mesmo pela vizinhança.
– Pude conhecer de perto o trabalho desenvolvido pelo Cras Espaço de Todos Nós, do bairro Santo André, e fiquei impressionado com o envolvimento comunitário. Trata-se de um grupo engajado de profissionais, que ofertam uma grande variedade de serviços visando um melhor acolhimento das famílias.